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Os casos que passaram da esfera política e financeira aos tribunais

O ano de 2014 terá sido um dos mais trabalhosos para os tribunais portugueses. Pelo menos no que concerne a processos ligados à esfera política e financeira portuguesa. Relembramos alguns dos processos mais mediáticos que aconteceram em 2014. Entre eles estão os nomes de Ricardo Salgado, Passos Coelho ou Maria Lurdes Rodrigues.

Os casos que passaram da esfera política e financeira aos tribunais
Notícias ao Minuto

08:15 - 23/11/14 por Notícias Ao Minuto

País Investigação

A cronologia dos eventos judiciais do ano de 2014 não é fácil de escrever. Mas há processos que pelo seu mediatismo merecem ser destacados. Um trabalho do Jornal de Notícias, este domingo, põe a nu um facto já destacado por Paula Teixeira da Cruz: ‘acabou o tempo da impunidade’.

José Sócrates é a ponta de um novelo que teve nas suas malhas vários incidentes de grande envergadura, envolvendo figuras do Estado, polícias e políticos, mas também banqueiros.

Conheça os cinco principais casos destacados por esta publicação.

Presidente do BES detido e caução milionária

Numa altura em que era, mais ou menos, previsível a queda do Banco Espírito Santo, Ricardo Salgado, líder da instituição financeira, foi capa de jornal por ter sido detido pelas autoridades para interrogatório.

O banqueiro foi detido em sua casa, no Estoril, no âmbito da operação Monte Branco, que investiga ainda uma rede de branqueamento de capitais. Para ‘fugir à prisão’, Ricardo Salgado teve de pagar uma avultada quantia: 3 milhões de euros. O antigo presidente-executivo do BES é suspeito da “prática de crimes de burla, abuso de confiança, falsificação e branqueamento de capitais".

Tecnoforma ‘trama’ Passos Coelho

O primeiro-ministro Pedro Passos Coelho viu-se este ano envolvido numa cerrada polémica por causa da sua ligação, entre 1997 e 2001, à Tecnoforma. Uma denúncia anónima mereceu investigação do Ministério Público, que tentou perceber se o atual primeiro-ministro teria recebido irregularmente pagamentos da empresa para a qual trabalhava.

O caso foi arquivado, tal como um processo anterior em que se investigou um eventual favorecimento da Tecnoforma em financiamentos relacionados com a área da formação.

Polícia detém polícia no caso ‘Labirinto’

O caso dos vistos gold tem pouco mais de uma semana. No âmbito da investigação realizada pelo Ministério Público, caiu um ministro, Miguel Macedo, que já se esclareceu não está envolvido em toda a polémica. Porém, há uma certeza. No âmbito da operação Labirinto, Manuel Palos, diretor do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras é detido. Também António Figueiredo, presidente do Instituto dos Registos e Notariado, segue o mesmo caminho. Em causa estão suspeitas de um esquema fraudulento para atribuição de vistos dourados.

‘Face Oculta’ culmina com condenação de ex-ministro

Armando Vara é a cara mais mediática do processo Face Oculta. O antigo-ministro socialista cumpre uma pena de prisão efetiva de cinco anos por três crimes de tráfico de influências. No esquema de corrupção em empresas ligadas ao Estado português por compra e venda de resíduos foram ainda condenados outras 11 pessoas, entre 36 arguidos no processo.

Pena de prisão suspensa para antiga responsável por pasta da Educação

Por fim, destaque para a condenação de Maria Lurdes Rodrigues. A ex-ministra da Educação foi condenada a três anos e meio de prisão, com pena suspensa, pelo crime de prevaricação de titular de cargo político. Além disto, teve ainda de pagar uma indemnização de 30 mil euros. Em causa estava a contratação, por ajuste direto, do advogado e irmão do antigo governante socialista Paulo Pedroso, não encontrando o Ministério Público justificação para as adjudicações.

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