Manuel Palos foi ouvido pelo juiz de instrução criminal Carlos Alexandre na sexta-feira, mas o seu interrogatório só terminou no sábado à tarde.
Fonte ligada ao processo revelou ao Diário de Notícias que o diretor do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) confessou ter agilizado alguns processos com vista à atribuição de vistos gold após pedidos do presidente do Instituto de Registos e Notoriado, mas não só. Estes favores eram também pedidos por outros altos funcionários do Estado.
Manuel Palos garantiu, contudo, que só o fazia porque “tinha instruções políticas para tudo fazer para dinamizar os vistos gold”, bem como as autorizações de residência para quem estivesse disposto a investir em Portugal.
O Diário de Notícias entrou então em contacto com o gabinete do vice-primeiro-ministro que negou ter dado tais instruções. “Daqui não houve certamente nenhuma instrução política”.
Relativamente às garrafas de vinho oriundas da quinta de António Figueiredo (presidente do Instituto dos Registos e Notoriado) que Manuel Palos recebeu, o diretor do SEF garantiu que foi apenas uma “lembrança institucional”.