Portugal está render-se às cremações
Nos últimos dez anos, a cremação tem crescido de forma exponencial em Portugal. No Porto e em Lisboa 50% dos corpos são cremados e a nível nacional a taxa atinge os 12%, noticia o Jornal de Notícias.
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País Dados
Em 2007, cinco mil pessoas foram cremadas nos quatro crematórios que existiam na altura. Em 2012, já com 18 crematórios, o número passou para 12 mil. Este ano, com mais dois crematórios, ao que tudo indica vai atingir-se um número recorde.
Em Lisboa, a taxa de cremações ronda os 60% desde 2012, enquanto no Porto, no ano passado ultrapassou os 40% e em breve chegará aos 50%. A nível nacional a taxa chega aos 12%, segundo o Jornal de Notícias.
“Há alguns anos, ouvia-se muito dizer que a cremação não era um fenómeno em Portugal porque não fazia parte da nossa tradição. Ora, vendo estes números, verifica-se que não havia era oferta suficiente”, explica o diretor-geral da Servilusa, Paulo Carreira.
Para o responsável, existem vários motivos para este aumento “desde logo, a maior oferta. Depois, há motivos emocionais. Não agrada a cada vez mais pessoas a ideia de ir para uma sepultura. E a cremação é algo que é definitivo. Após alguns anos, não é obrigatório ir levantar os restos mortais, que é mais um processo emocional e dispendioso”, conta.
Também o aspeto económico tem tido mais peso na escolha pois, além de não ter de pagar para a exumação do cadáver, também não tem de pagar por uma lápide ou manter o jazigo.
Paulo Ferreira chega a afirmar que os cemitérios vão ter de repensar as suas estratégias. “Terão de prestar um culto aos que lá ficam e que permitam diversificar e homenagear os nossos antepassados de uma forma tranquila e organizada”, indica.
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