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São idosos, têm pensões baixas e ainda cuidam de pais centenários

Um estudo português concluiu que são os filhos idosos, cujas pensões não são muito altas, que cuidam dos pais centenários, que recebem pensões de 300 euros. O projeto PT100 teve como objetivo estudar a longevidade no Porto e revelou que a maioria dos centenários são mulheres.

São idosos, têm pensões baixas e ainda cuidam de pais centenários
Notícias ao Minuto

09:40 - 26/10/14 por Notícias Ao Minuto

País Estudo

O primeiro estudo português sobre os centenários do Porto, com o nome PT100, foi desenvolvido por técnicos da Unidade de Investigação e Formação sobre Adultos e Idosos (Unifai) do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS) que concluiu que há cada vez mais centenários a serem tratados pelos filhos, também eles idosos.

O coordenador do projeto, Óscar Ribeiro, revelou que se trata de uma iniciativa pioneira e que “este é o primeiro estudo português sobre pessoas com 100 e mais anos com base numa população de uma região específica”.

Num universo de 140 entrevistados, a média de idades é de 101 anos e apenas 10% são homens. A grande maioria são viúvas (77%), mas também há solteiros e solteiras (18%).

Vários inquiridos revelaram que têm filhos e que eles vivem consigo. Havia apenas seis casos de centenários que viviam sozinhos.

“Como encontrámos uma elevada percentagem de idosos centenários a serem cuidados pelos filhos, também eles de idade avançada (65-70 anos) decidimos fazer um novo estudo que visa compreender as relações familiares de prestação de cuidados de idosos aos seus pais centenários”, disse o coordenador.

A maioria dos centenários sofria de debilidade física e cognitiva. “Há muitas situações de demência, há idosos em cadeiras de rodas ou com fraca mobilidade, o que constitui um desafio acrescido para os filhos que também já não são muitos novos”, acrescenta.

Em termos de rendimentos, os idosos com mais de 100 anos recebem entre 250 e 500 euros, mas a média recebe 300 euros, ou seja, não conseguem fazer face às despesas médicas e têm que contar com a ajuda dos filhos cujas pensões não também médias-baixas.

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