Comerciantes do Bolhão terão mercado provisório enquanto decorrerem obras
A Câmara do Porto quer instalar os comerciantes do Bolhão num mercado provisório a criar "nas imediações" enquanto decorrerem as obras de requalificação do emblemático espaço comercial da cidade, foi hoje anunciado.
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País Mercado
"Temos o anteprojeto [da requalificação do Bolhão] praticamente pronto, mas temos que ter aqui um investimento que é um mercado temporário. Não queremos fazer as obras com os comerciantes lá dentro, queremos fazer um investimento num mercado temporário, [a instalar] nas proximidades e estamos a fechar negociações com uma entidade que nos pode facultar um espaço", afirmou o presidente da Câmara, Rui Moreira.
O autarca, que falava aos jornalistas a propósito da aprovação do orçamento camarário para 2015, justificou assim a inscrição "de cerca de 17 milhões de euros para o Programa Mercator e Programa Bolhão".
"Temos que chamar a isto 'Operação Bolhão'", disse, acrescentando que o "espaço temporário vai também ser uma oportunidade de expor o que se está a fazer no Bolhão e para que os comerciantes possam aproveitar para aperfeiçoar as suas técnicas de venda".
A criação do mercado provisório é "expectável para 2015", disse.
Moreira salientou que quando a Câmara pensa no restauro do Bolhão não está apenas a pensar "naquilo que está à vista", porque "o projeto terá que ir sempre para além de arranjar azulejos e retirar apêndices que lá estão".
"Há um conjunto de projetos que temos que lançar e têm custos", sustentou.
O autarca independente reafirmou o desejo de ter um mercado público, de frescos, e de candidatar o projeto a fundos comunitários, sendo que, das conversas que já teve com membros do Governo e com a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Norte, o projeto "é candidatável".
Questionado sobre a venda da participação da autarquia no Mercado Abastecedor, prevista no orçamento, o autarca adiantou que o objetivo é manter a mesma lógica do seu antecessor, Rui Rio, tendo em conta que o espaço em causa "está estabilizado e já não precisa da participação" do município, podendo assim a verba ser direcionada para o Bolhão.
Rui Moreira salientou, no entanto, que se a autarquia conseguir, no âmbito da candidatura a fundos comunitários para a reabilitação do Bolhão, uma "comparticipação de 85%" já "não precisará de fazer esta alienação" do Mercado Abastecedor.
"Neste momento o Mercado Abastecedor é rentável, é um mercado em que têm sido feitos grandes investimentos, acredito que possa ser possível alienar esta possibilidade. Mas se conseguirmos 85% de comparticipação para o Bolhão, não precisaremos de fazer essa alienação, e meramente uma medida de precaução", "um recurso", sustentou.
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