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Associação culpa barra "assassina" pela morte de mais um pescador

O presidente da Associação de Pescadores de Esposende, Augusto Silva, culpou o assoreamento da barra e a "completa degradação" do molhe de proteção pela morte de mais um homem do mar naquele concelho, hoje registada.

Associação culpa barra "assassina" pela morte de mais um pescador
Notícias ao Minuto

12:38 - 23/10/14 por Lusa

País Esposende

"O mar hoje até está calmo, mas com a falta de condições da nossa barra o pior pode acontecer a todo o momento. Como está, é uma barra assassina", referiu Augusto Silva à Lusa.

Um pescador de 45 anos morreu hoje à saída da barra em Esposende, após ter caído da embarcação em que seguia, alegadamente vítima de um golpe de mar.

Para aquele dirigente associativo, a culpa foi, mais uma vez, do assoreamento da barra, que estava "completamente seca", e da inexistência de um molhe de proteção a norte.

"O molhe que existia já estava completamente degradado, mas acabou de vez com as marés vivas do último inverno. Os pescadores saem para o mar completamente entregues à sua sorte", criticou.

Augusto Silva disse que os pescadores já lutam "há 100 anos" por uma barra condigna, mas até aqui apenas têm conseguido "promessas".

O pescador que hoje morreu tinha regressado à faina há cerca de três meses, depois de uma incursão pela construção civil.

"Com a crise na construção, voltou ao mar e o mar deu-lhe isto", lamentou.

Segundo Augusto Silva, naquela barra já morreu cerca de uma dezena de pescadores, tendo o último acidente mortal sido registado "há seis ou sete anos".

"Mas os sustos são constantes e esses não entram nas estatísticas. Eu ainda há uma semana estive quatro horas literalmente preso, entre as 04:00 e as 08:00, em cima de uma coroa de areia. São situações que se registam e se repetem quase diariamente", afirmou.

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