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"Professores não têm humor para entrar na brincadeira de Crato"

Na habitual crónica na Visão, Ricardo Araújo Pereira escreve esta semana sobre a situação dos professores, dizendo com ironia que os ?professores não têm humor suficiente para entrar na brincadeira? do ministro Nuno Crato. O comentador e humorista sugere, neste sentido, aos docentes que aproveitem o ?estilo de vida que o ministério? lhes proporciona e que se dediquem ?à pastorícia?, garantindo que era o que ele faria.

"Professores não têm humor para entrar na brincadeira de Crato"
Notícias ao Minuto

15:24 - 09/10/14 por Ana Lemos

País Araújo Pereira

‘Quando o ministério não tem juízo, o corpo docente é que paga’. É este o título da crónica que Ricardo Araújo Pereira assina esta quinta-feira na revista Visão e na qual aborda a colocação dos docentes, que muito transtorno tem causado a professores, escolas e alunos.

O comentador e humorista começa por contar um episódio de quando “tinha 14 anos”, em que decidiu pregar uma partida a um professor, colocando um gafanhoto na sua secretária. Mas não correu como esperado. O bicho acabou por saltar antes de o professor dar conta da sua presença.

“Aos 14 anos ninguém sabe imaginar estratagemas que transformem verdadeiramente a vida dos professores” mas, destaca, “aos 62, Nuno Crato, o ministro da Educação, tem a maturidade que me faltava para inventar as melhores partidas. Primeiro, colocou professores de Coimbra, por exemplo, em Faro. Esperou que alugassem casa, instalassem a família, adaptassem a vida à nova realidade. Depois, anunciou que tinha havido um engano e que a colocação havia sido anulada. Isto é que é uma partida”.

Mas, “como sempre, os professores não têm sentido de humor suficiente para entrar na brincadeira. Levam a mal, protestam, queixam-se. Resistem a ver esta balbúrdia como uma oportunidade”, escreve Araújo Pereira em tom irónico, acrescentando que se fosse professor “aproveitava o estilo de vida que o ministério proporciona e adquiria imediatamente 20 ovelhas”.

Na opinião do humorista, “o nomadismo é ideal para a pastorícia, e as constantes mudanças na colocação contribuiriam para que eu ficasse com um rebanho forte e lucrativo”, conclui, constando ainda que "as vidas" dos docentes "parecem neste momento um daqueles problemas matemáticos: o professor A é do Algarve e vai dar aulas para Trás-os-Montes. O professor B é de Lisboa e vai dar aulas para Braga. Após consultarem a internet, descobrem no mesmo dia que foram colocados por engano. Sabendo que ambos tomaram o comboio às 8h20, qual chega primeiro ao centro de emprego?".

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