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Santa Casa assina protocolo de formação com governo de Cabo Verde
CidA Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) e o Ministério da Saúde de Cabo Verde assinaram hoje um protocolo de cooperação para formação a pessoal médico e apoio a pacientes de traumatologia e oftalmologia.
© Lusa
País Acordo
O documento foi assinado na Cidade da Praia pela administradora Executiva do Departamento de Ação Social na Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, Rita Valadas, e pela ministra da Saúde cabo-verdiana, Cristina Fontes Lima, e prevê, como referência, a formação de pessoal médico e de enfermagem em Cabo Verde ou em Portugal.
Na cerimónia, Rita Valadas acentuou ser este o primeiro protocolo que a SCML assina com um país e não como uma entidade, tal como já o fez em Moçambique, considerando tratar-se de um "momento histórico" para uma instituição com 117 anos, cuja provedoria é liderada pelo ex-primeiro-ministro português Pedro Santana Lopes.
O protocolo, realçou, está ligado á cooperação técnica nas áreas de traumatologia e oftalmologia, e prevê a vinda a Cabo Verde de especialistas destas duas áreas e estágios de profissionais cabo-verdianos na SCML.
"O que recebemos em troca é um olhar novo, jovem, que Cabo Verde nos pode dar", afirmou Rita Valadas, lembrando que o protocolo prevê ainda o apoio à evacuação de doentes cabo-verdianos que residam no arquipélago ou que já estejam em Portugal para tratamento.
"Criamos um referencial de apoio a 12 doentes por ano, um por mês, mas é apenas uma referência, pois poderão ser mais", salientou Rita Valadas, cuja administração entrou recentemente no segundo mandato.
Por seu lado, Cristina Fontes Lima, destacando as "prestações notáveis" da SCML naquelas duas especialidades médicas, salientou a importância do protocolo, tendo em conta as valências da formação, em Cabo Verde ou em Portugal, e a ajuda para que se evitem evacuações para hospitais portugueses.
A este propósito, Cristina Lima lembrou que o orçamento anual para as evacuações médicas é de 200 mil contos (1,8 milhões de euros), abrangendo todas as especialidades médicas.
"Não se conseguem fazer milagres com este montante", salientou a ministra da Saúde cabo-verdiana, destacando que a ideia do protocolo para por melhorar a formação de médicos e de pessoal de enfermagem e evitar o maior número de evacuações possível.
O acordo hoje oficializado dá assim cobertura legal a uma cooperação entre as duas partes que já existe há cerca de um ano. Em novembro de 2013, esteve em Cabo Verde uma missão dos serviços de traumatologia e reabilitação física da SCML.
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