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Estes são os jovens que agridem os próprios pais

Muitos são os casos de filhos que agridem os pais. Para traçar o perfil destes jovens, o assessor técnico da direção da Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) revelou que há pelo menos três tipos de pessoas que agridem os pais. "Os filhos de pais que vivem sozinhos; os filhos toxicodependentes; e os filhos com psicopatologias, como esquizofrenia e psicose?, explica.

Estes são os jovens que agridem os próprios pais
Notícias ao Minuto

11:09 - 01/10/14 por Notícias Ao Minuto

País Perfil

O perfil dos filhos que agridem os pais, segundo o assessor técnico da direção da Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) é o seguinte: “Há os filhos de pais que vivem sozinhos; os filhos toxicodependentes que agridem os pais; e os filhos com psicopatologias, com esquizofrenia e psicose, em que a agressividade é um dos sintomas”.

Vários são os casos em que os agressores são filhos menores e, por isso, são encaminhados para as comissões de proteção de jovens. “Em muitas situações, os pais demitiram-se da sua função. Num caso que tive, um pai chegou à comissão com uma filha menor rebelde e disse-me: ‘Fique com ela que eu não sei o que fazer!’”, contou uma funcionária da equipa técnica da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens em Risco, Teresa Espírito Santo.

“Aparece de tudo, mas os casos de raparigas agressoras dos pais são muito graves porque o grau de rebeldia delas é maior do que o dos rapazes. Têm tendência para atacar e magoar e para comportamentos sexuais de risco”, revela o juiz António Fialho, do tribunal de Família e Menores do Barreiro.

No entanto, a maioria das vítimas é idosa, com mais de 65 anos. Estes pais são agredidos por filhos adultos, com idades entre os 26 e os 45 anos. Estes casos são já da competência da GNR e PSP. “Mas não é muito habitual os pais denunciarem os filhos”, disse Daniel Cotrim.

Segundo os dados do comando-geral da GNR, dos 11.528 inquéritos abertos pelo crime de violência doméstica em 2013, 579 foram relativos a pais agredidos pelos filhos. A maioria das vítimas foram mães (378).

Relativamente aos meses de janeiro a junho deste ano, foram abertos 5.497 inquéritos, dos quais 264 foram de pais agredidos. Ou seja, entre janeiro e junho deste ano foi aberto mais de um caso por dia. Em 178 casos, a vítima foi a mãe e em 85, o pai. Houve ainda 183 suspeitos homens detidos e 73 filhas detidas.

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