De acordo com uma noticia avançada pelo Expresso na sua edição diária, o delator do caso Tecnoforma fala, na carta que escreve à procuradora-geral da República Joana Marques Vidal e que ocupa apenas uma página, escrita a computador, numa conta bancária em nome de Pedro Passos Coelho, onde, alegadamente, o antigo deputado, recebia os pagamentos da Tecnoforma.
A denúncia, feita no início de junho, consta no auto do processo-crime a que o DCIAP permitiu agora a consulta.
“Todos os meses, durante cerca de três anos, o senhor Passos Coelho, que era deputado do PSD em exclusividade de funções, recebeu mensalmente mil contos (cerca de 5 mil euros) através de pagamentos em cheque e sobretudo de transferências bancárias”, dizia o denunciante na carta endereçada à PGR.
O Ministério Público, todavia, nunca chegou a pedir os registos contabilísticos da ONG – Centro Português para a Cooperação - que alegadamente terá pagado a Passos, nem requereu, até ao encerramento do processo, informação bancária ao Santander.