Greve dos enfermeiros mantém-se após reunião com tutela
O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) reuniu-se esta quarta-feira com o Ministério da Saúde e das Finanças a propósito da greve marcada para 24 e 25 de setembro, mas optaram por manter a ação de contestação depois de a tutela não ter apresentado propostas claras, informou o Público.
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País Sindicatos
O encontro entre o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), o Ministério da Saúde e o Ministério das Finanças durou três horas e meia, durante a tarde de quarta-feira e segundo a direção do SEP, Guadalupe Simões, da direção do SEP, a reunião teve como propósito a desmarcação da greve nacional de 24 e 25 de setembro, mas acabou por não dar em nada.
Para dar mais oportunidade ao ministério foi agendada uma nova reunião para a próxima segunda-feira para tentarem chegar finalmente a acordo antes da paralisação. A tutela deverá entregar alguns compromissos por escrito até ao fim desta semana, avança o Público.
A falta de enfermeiros em todo o país foi um dos temas discutidos na sala onde estiveram presentes os secretários de Estado da Saúde, Manuel Teixeira e Fernando Leal da Costa, representante das Finanças e da Administração Central do Sistema de Saúde.
“Disseram-nos que neste ano já contrataram 580 enfermeiros e que até ao final do ano vão finalizar o processo de mais 345”, explicou Guadalupe Simões ao Público, acrescentando que “são números que não chegam” e que nem sequer têm em consideração as saídas temporárias por motivos como baixa médica ou licenças de parentalidade.
Em causa está também o atraso na abertura de concursos para o enfermeiro principal além do pagamento dos incentivos aos enfermeiros. “Disseram-nos que os incentivos vão ser pagos, mas que estão com dificuldades em calcular alguns indicadores, mas mais uma vez não deram data. Tiveram a oportunidade de apresentar propostas, com compromissos e prazos e não o fizeram. Ninguém desconvoca uma greve com base em nada”, afirmou.
Nas contas do SEP faltam seis mil enfermeiros nos cuidados de saúde primários e mais cerca de 19 mil nos hospitais.
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