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Quase 4% dos portugueses morrem com fibrilhação auricular

Um estudo divulgado esta quarta-feira, e a que o Público teve acesso, concluiu que quase 4% das mortes em Portugal se devem a fibrilhação auricular.

Quase 4% dos portugueses morrem com fibrilhação auricular
Notícias ao Minuto

14:17 - 17/09/14 por Notícias Ao Minuto

País Estudo

Em Portugal, quase 4% das mortes se ficam a dever a fibrilhação auricular, um tipo de arritmia cardíaca que se caracteriza pela perturbação do ritmo e da frequência cardíaca, durante a qual as aurículas se contraem de uma forma irregular e descoordenada.

A conclusão é do estudo ‘O Custo e a Carga da Fibrilhação Auricular em Portugal’ que foi levado a cabo pela Católica Lisbon School of Business and Economics e pelo Centro de Estudos de Medicina Baseada na Evidência da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, com o apoio da Bristol-Myers Squibb e da Pfizer.

Segundo o mesmo estudo, 14% das pessoas que têm fibrilhação auricular acabam por ter um Acidente Vascular Cerebral (AVC). E mais. De entre as pessoas que acabam por morrer na sequência do AVC, 35% sofria de fibrilhação auricular.

“A fibrilhação auricular não é só uma doença em si mesma, mas é simultaneamente um fator de risco para outra doença que é mais conhecida e grave, que é o AVC”, explicou ao Público Miguel Gouveia da Católica Lisbon.

O estudo teve em consideração os dados de 2010. Há quatro anos morreram em Portugal 813 pessoas com fibrilhação auricular e 9316 na sequência de um AVC isquémico – esta patologia ocorre quando há ausência de fluxo sanguíneo no cérebro, por norma devido à existência de um coágulo.

“Destes mais de 9000 mortos percebemos que 3260 se ficaram a dever à fibrilhação auricular, o que faz com que a doença tenha levado à morte de 4070 pessoas em Portugal em 2010, o que é um número muito grande, sobretudo se tivermos em conta que só menos de um quinto das mortes correspondem à fibrilhação auricular no sentido estrito”, explicou o economista .

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