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"Há profissionais da pobreza para quem assistência é forma de vida"

A presidente da Federação Europeia dos Bancos Alimentares, Isabel Jonet, alertou ontem para o fenómeno da ?transmissão intergeracional da pobreza? em Portugal, criticando os que, em seu entender, fazem da mendicidade uma forma de vida, indica a edição desta sexta-feira do Jornal de Notícias. A responsável falava no final da conferência de encerramento do 29.º Encontro da Pastoral Social.

"Há profissionais da pobreza para quem assistência é forma de vida"
Notícias ao Minuto

08:14 - 12/09/14 por Notícias Ao Minuto

País Isabel Jonet

As declarações da presidente da Federação Europeia dos Bancos Alimentares, Isabel Jonet, não raras vezes têm o dom de gerar controvérsia, sendo que desta feita não será exceção.

A responsável, que falava ontem em Fátima, no âmbito da conferência de encerramento do 29.º Encontro da Pastoral Social, condenou aqueles que considera serem “profissionais da pobreza” em Portugal. Leia-se, os que se dedicam à mendicidade como uma forma de estar na vida, adianta a edição desta sexta-feira do Jornal de Notícias.

Para Jonet, “em Portugal há aquilo a que chamamos a transmissão intergeracional da pobreza e temos que quebrar essa transmissão”, defendeu, concretizando que “há profissionais da pobreza habituados a andar de mão estendida, sem qualquer preocupação em mudar”.

Assim, prosseguiu a dirigente do Banco Alimentar, em jeito de alerta lançado às instituições de apoio social, “quando se ajuda uma família pobre, deve procurar-se que essa família queira deixar de ser pobre e não encare a assistência como uma forma de vida”.

De acordo com Isabel Jonet, a pobreza em território nacional toca já 20% da população, pelo que se exige menos voluntarismo e mais voluntariado no auxílio prestado a quem mais necessita.

“Temos que encarar a solidariedade social e o exercício da solidariedade como algo que tem de se fazer de forma integrada”, fez sobressair a responsável.

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