Telefonemas entre Vara e Sócrates destruídos na segunda-feira
As chamadas telefónicas entre Armando Vara e José Sócrates, integrantes do processo ?Face Oculta?, vão ser destruídas no próximo dia 8. A afirmação foi feita pelo juiz-presidente do coletivo, Raul Cordeiro, aquando da leitura do acórdão, avança o SOL na sua página online.
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País Face Oculta
As gravações das chamadas telefónicas entre Armando Vara e José Sócrates vão ser destruídas na próxima segunda-feira, escreve o SOL no seu site.
Segundo a publicação, a data foi avançada pelo juiz-presidente do coletivo, Raul Cordeiro, aquando da leitura do acórdão.
As gravações constam no processo Face Oculta, relacionado com uma alegada rede de corrupção que beneficiava financeiramente o grupo de Manuel Godinho, nos negócios entre empresas estatais e privadas.
Nas escutas feitas durante a investigação do caso "Face Oculta" foram intercetadas, pelo menos, 11 conversas entre o arguido Armando Vara e o ex-primeiro-ministro José Sócrates, que foram mandadas destruir pelo então presidente do STJ, depois de o então Procurador-Geral da República (PGR) Pinto Monteiro ter considerado que o seu conteúdo não tinha relevância criminal.
Existem, no entanto, cinco "produtos de voz" (gravações) e 26 mensagens de telemóvel (SMS) que escaparam a esta ordem de destruição e que permanecem guardados num cofre no Tribunal de Ovar.
Em junho do ano passado, em resposta a um recurso do arguido Paulo Penedos, o tribunal informou que os produtos não estavam disponíveis para consulta, dado que tinha sido ordenada a sua destruição imediata, acrescentando que a decisão seria executada "oportunamente".
O processo Face Oculta está relacionado com uma alegada rede de corrupção que teria como objetivo o favorecimento do grupo empresarial do sucateiro Manuel Godinho, nos negócios com empresas do setor empresarial do Estado e privadas.
O Ministério Público (MP) acusou 36 arguidos, incluindo duas empresas, de centenas de crimes de burla, branqueamento de capitais, corrupção e tráfico de influências.
Nas alegações finais, o MP tinha pedido a condenação de todos os acusados, defendendo a aplicação de penas de prisão efetivas para 16 arguidos, incluindo Armando Vara, José Penedos, Paulo Penedos e Manuel Godinho, e penas suspensas para os restantes.
Todos os advogados de defesa tinham pedido a absolvição dos arguidos por insuficiência de provas.
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