Violência e álcool abalam moradores do Cais do Sodré
Desde que a Rua Rosa tornou a zona do Cais do Sodré numa das mais movimentadas zonas noturnas da capital, que os moradores se queixam do aumento da criminalidade. O policiamento já foi reforçado, mas são cada vez mais os moradores a abandonar a zona, por medo, conta o semanário Sol.
© DR
País Rua Rosa
Quando em 2011, Sá Fernandes inaugurou a Rua Rosa no Cais do Sodré a ideia era de que esta se tornasse numa zona noturna de qualidade. Não é isso, porém, o que constatam os moradores dali, que nos últimos anos viram a criminalidade aumentar em quase 50%.
A situação tornou-se mais grave depois da morte de um arquiteto de 28 anos, que foi esfaqueado à porta do bar Black Tiger, mas os moradores de uma das mais concorridas ruas da noite lisboeta contam que esse é apenas um dos muitos casos que diariamente acontecem. Roubos, violência, barulho e estragos são uma constante, motivo pelo qual temem residir ali e muitos já mudaram de casa.
Só no ano passado, o corpo de intervenção da PSP foi chamado 106 vezes para repor a ordem naquela zona, sendo as situações de furto e roubo as que mais preocupam.
Autoridades e moradores acreditam que o problema está na venda de álcool a preços reduzidos até altas horas da madrugada, e defendem que os estabelecimentos deviam proibir o consumo de álcool fora de portas, bem como a venda de álcool a menores ou a pessoas já alteradas.
“António Costa conseguiu alterar o Intendente, bairro da má fama, limitando os horários dos bares e impondo fiscalização intensa e verdadeira atividade cultural. No Cais não existiu nada parecido. A Rua Rosa desenvolveu-se apenas com os dons de alguns bares, ignorando os moradores e restantes agentes económicos”, conclui um morador ao Sol.
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com