"Faltam funcionários e há mudanças a contrarrelógio"
O presidente do Sindicato dos Funcionários Judiciais, Fernando Jorge, explicou ao SOL que o novo mapa judiciário é uma medida "imprevisível" e que ainda há muito por fazer sendo que a data para a nova organização dos tribunais é já a 1 de setembro.
© Global Imagens
País Fernando Jorge
O presidente do Sindicato dos Funcionários Judiciais, Fernando Jorge, falou ao SOL sobre a nova organização dos tribunais que arranca a 1 de setembro e afirmou que “faltam funcionários, há obras por terminar e mudanças a contrarrelógio”.
“A nossa posição é de expetativa, em relação a tudo”, disse Fernando Jorge em relação à nova organização dos tribunais proposto pela ministra da Justiça, Paula Teixeira da Cruz.
Sobre uma possível greve, o presidente indicou: “Temos todas as razões para um protesto. Todavia, uma greve nesta altura teria implicações negativas para nós próprios, pois iria por em causa o enorme esforço feito pelos funcionários nos últimos meses para concluir a transferência dos processos”.
“Na primeira semana de setembro vamos reunir o secretariado nacional do sindicato para tomar uma medida de protesto relativamente a tudo o que nos foi feito com esta reforma”, garantiu.
Para o presidente, os problemas mais latentes são a existência de alguns tribunais a funcionar em contentores, como em Faro e Vila Real. No entanto, em Alcácer do Sal e Fornos de Algodres vive-se outra realidade porque "vão ser abandonadas instalações com muita dignidade".
Além do tipo de condições, fala-se ainda na falta de pessoal, visto que o Ministério da Justiça alega não ter dinheiro para abrir o concurso de admissão. “Isto é de brincar!”, reagiu Fernando Gomes.
O Ministério da Justiça já divulgou a transição de alguns funcionários e muitos deles terão que se realocar.
“Os funcionários encaixotaram processos e carregaram-nos em camiões, bem como mobiliário e equipamentos. Durante este mês, está a ser feita a transferência física dos processos, que é responsabilidade do Ministério da Justiça, e logo veremos se fica completa até 1 de setembro”, garantiu Fernando Gomes que acrescentou ainda que alguns funcionários tiveram que interromper as férias.
Sobre este novo mapa judiciário, o presidente do Sindicato considerou que era “necessário um reajustamento do atual modelo, mas esta reforma é perfeitamente imprevisível e temos muitas dúvidas que vá dar certo”.
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