Juíza recorre a HIV e a filho falsos para justificar adoções
A juíza que tem em mãos um polémico caso de adoções em Amarante, tendo ordenado a retirada da guarda dos quatro filhos ao casal Judite Silva e Mário Teixeira, terá justificado a decisão, no âmbito do processo do filho mais novo, ao abrigo do facto de a mãe ser portadora de VIH e da existência de um quinto filho. Ambos os argumentos são falsos, indica a edição desta sexta-feira do Jornal de Notícias.
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País Amarante
Uma juíza de Amarante que decretou a adoção dos quatro filhos de Judite Silva e Mário Teixeira terá ‘inventado’ argumentos no contexto da retirada da guarda do filho mais novo, dá a conta a edição de hoje do Jornal de Notícias.
A “mãe é portadora de VIH mas sempre recusou acompanhamento clínico do seu estado de saúde, sendo a gravidez de Rui Pedro uma gravidez não vigiada por opção sua”, argumentou a magistrada. Acontece que nem Judite Silva tem Sida, nem existe Rui Pedro.
A própria juíza já admitiu o erro. Segundo confirmou o Conselho Superior de Magistratura ao Jornal de Notícias, ter-se-á tratado de um lapso em virtude da utilização de um texto de outro processo totalmente alheio a este caso.
“Isto é a prova que desde o início houve engano grosso”, reage a mãe das quatro crianças. “Quero acreditar que me confundiram com alguém, mas quem ficou sem os filhos fui eu”, lamenta Judite Silva.
A defesa do casal já apresentou um recurso junto do Tribunal da Relação do Porto.
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