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"José Sócrates queria silenciar tudo"

Manuela Moura Guedes escreveu o prefácio do livro que fala do mediático processo, onde um dos seus protagonistas, ficou por investigar, este foi José Sócrates. Em quatro páginas Manuela Moura Guedes não poupa nas críticas, conta o semanário SOL.

"José Sócrates queria silenciar tudo"
Notícias ao Minuto

08:45 - 25/07/14 por Notícias Ao Minuto

País Moura Guedes

“Se há uma idade da inocência perdi-a em setembro de 2009. Uma inocência que me levou a considerar impensável a administração da TVI acabar com o jornal que mais espetadores tinha entre todos os jornais de todas as estações”, escreve Manuela Moura Guedes no prefácio do livro ‘Face Oculta com Rostos’, do jornalista Joaquim Gomes, que chega às bancadas na próxima semana, noticia o SOL.

O livro conta a história deste caso judicial, quando Sócrates se tornou numa das principais figuras apesar de nunca ter sido investigado. Manuela Moura Guedes centra-se essencialmente, nas quatros páginas, em desmontar o plano para silenciar o programa de informação televisivo com maior audiência do país e descrever o complô na Justiça que salvou Sócrates.

“O primeiro-ministro da altura dizia-se perseguido pelos jornalistas do Jornal Nacional de Sexta. Fez uma única queixa judicial vaga, de uma página, certamente para dizer ao público que estava de honra ofendida. O Ministério Público viria a arquivar o processo, mas tarde e a más horas: o Jornal de Sexta já estava extinto”, relembra Moura Guedes, acrescentando que Sócrates “sabia que só pela via política iria por fim a um Jornal que lhe escapava totalmente ao controle”.

“Os magistrados de Aveiro, ao descobrirem, nas escutas a Armando Vara, o negócio da compra da TVI pela Portugal Telecom, descobriram também que Sócrates queria silenciar tudo o que era comunicação social que não estivesse domesticada”, afirma.

Mas a jornalista fala também sobre outras altas figuras da Justiça. “Foi Pinto Monteiro que decidiu não haver quaisquer motivos para suspeitas. À cúpula do Ministério Público juntou-se a do Supremo Tribunal de Justiça, o presidente, Noronha do Nascimento, que mandou destruir as escutas por afetarem ‘direitos e liberdades das pessoas envolvidas’. Mais tarde, não teve o mesmo entendimento ao validar as escutas entre o banqueiro José Maria Ricciardi e Pedro Passos Coelho, no processo Monte Branco”.

O autor do livro ‘Face Oculta com Rostos’, Joaquim Gomes, descreve em 171 páginas, muitos dos episódios que marcaram a investigação deste processo.

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