Justiça ainda não devolveu a ex-arguido milhares desviados pela PJ

Ana Paula Matos, ex-coordenadora da Polícia Judiciária, apropriou-se de 86 mil euros, numas buscas domiciliárias e ficou decidido em 2009, pelo Tribunal, que o dinheiro teria que ser restituído, mas até à data continua desaparecido. A Polícia Judiciária, que funciona sob a alçada do Ministério da Justiça, diz estar à espera da decisão do Supremo, avança o Diário de Notícias.

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Notícias Ao Minuto
23/07/2014 11:25 ‧ 23/07/2014 por Notícias Ao Minuto

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A ex-coordenadora da Polícia Judiciária, Ana Paula Matos, terá desviado 86 mil euros, resultado de uma busca domiciliária. Agora, o Ministério da Justiça recusa-se a devolver este dinheiro que pertence a um ex-arguido numa investigação de tráfico de droga, crime que terá ficado provado em tribunal.

Mas este não é o único valor retirado pela ex-coordenadora da Direção Central de Investigação ao Tráfico de Estupefacientes. Ao longo de quatro buscas feitas no âmbito de investigações de tráfico de droga entre 2005 e 2006, a ex-coordenadora já se tinha apropriado de 94 mil euros.

O ex-arguido, dono de uma oficina de reparações de carros de luxo, que foi condenado a dois anos de pena suspensa provou em tribunal que o dinheiro apreendido não era resultado da atividade ilícita de venda de droga e que deveria ser rapidamente restituído a quem de direito.

Contudo, apesar de vários pedidos ao gabinete de Paula Teixeira da Cruz, instituição que tutela a Polícia Judiciária, o dinheiro ainda não foi devolvido.

Entre 2010 e 2012 o tribunal decidiu junto do Ministério da Justiça, que deveria ser feita a devolução do dinheiro, mas sem sucesso. E o advogado, Manuel Rodrigues Inácio, garante que está em causa um crime de desobediência por parte do Ministério da Justiça”.

“Existe uma decisão de um órgão da Justiça que sublinha que o dinheiro tem de ser devolvido. Mas o gabinete da senhora ministra refugia-se com o processo da senhora Ana Paula Matos. A verdade é que esta senhora era a fiel depositária do próprio Estado”, disse o advogado.

No entanto, o gabinete da ministra da Justiça afirmou que “falta ainda uma decisão do Supremo Tribunal de Justiça a explicar quem deve restituir este dinheiro”.

Para já, estes 86 mil euros estão desaparecidos.

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