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Ex-presidente da Câmara de Vale de Cambra ilibado

O ex-presidente da Câmara Municipal de Vale de Cambra revelou hoje que foi arquivado o processo em que o Ministério Público investigava o seu envolvimento em práticas ilícitas relacionadas com a aquisição de um terreno numa zona industrial.

Ex-presidente da Câmara de Vale de Cambra ilibado
Notícias ao Minuto

19:14 - 01/07/14 por Lusa

País Tribunais

Em conferência de imprensa, o social-democrata José Bastos recordou que o caso remonta a 2011 e foi instaurado na sequência de um artigo de opinião publicado nos dois jornais locais por Albano Braga, então deputado do CDS na Assembleia Municipal e agora adjunto da presidência no atual executivo camarário, também liderado pelos populares.

"Fui injustamente acusado e, depois de três anos de investigação, o processo foi arquivado e quem me acusou vai ter de responder em tribunal por dois crimes de difamação agravada, porque, sendo eu então presidente da Câmara, isto é considerado crime público", explica José Bastos.

Segundo o próprio ex-presidente e atual vereador do PSD, a investigação analisou questões como a compra de um terreno na Zona Industrial de Lordelo pela sua esposa, a exploração indevida da rede de água e o recurso, para efeitos privados, de funcionários da autarquia.

"Num meio pequeno como Vale de Cambra, a minha família passou por graves problemas", garante José Bastos. "Estou certo de que [as suspeitas levantadas pela investigação] tiveram sérias repercussões nos resultados das eleições autárquicas de 2013", acrescenta aquele que foi o cabeça-de-lista do PSD na corrida de setembro.

Realçando que nunca foi constituído arguido, o autarca afirma: "Sempre estive de consciência tranquila quando à justeza e legalidade dos atos praticados, quer como presidente de Câmara, quer como cidadão".

Quanto às acusações agora enfrentadas por Albano Braga, José Bastos refere: "Ditam as regras da ética e da moral políticas que, nessa situação, o arguido - que exerce neste momento as funções de adjunto do presidente da Câmara - devia no mínimo suspender essas funções até ao términos do respetivo processo".

Já a propósito do inquérito que no início deste ano motivou buscas da Polícia Judiciária ao edifício da Câmara Municipal, num processo sem relação com o que hoje motivou a conferência de imprensa, José Bastos disse que essa investigação ainda está a decorrer.

"Mas o que me disse o investigador é que ia propor ao Ministério Público o arquivamento desse processo", anuncia.

Contactado telefonicamente pela Lusa, Albano Braga não esteve disponível.

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