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Ministério Público pede mais de cinco anos de prisão para Rendeiro

O Ministério Público pediu hoje penas de prisão efetiva superiores a cinco anos para João Rendeiro e outros dois ex-administradores do Banco PrivadoPortuguês (BPP) por burla qualificada através de um produto financeiro, que culminou num prejuízo de 41 milhões de euros para mais de 100 clientes.

Ministério Público pede mais de cinco anos de prisão para Rendeiro
Notícias ao Minuto

11:51 - 12/06/14 por Notícias Ao Minuto com Lusa

País Caso BPP

O procurador do Ministério Público (MP), José Góis, não quantificou exatamente a medida da pena, mas pediu "uma pena superior à média da moldura penal" para os três arguidos do caso BPP, acusados de burla qualificada.

Ora, essa média é justamente cinco anos, pelo que, a pena sugerida pelo MP ao coletivo de juízes será superior a cinco anos de prisão.

João Rendeiro e os dois antigos gestores do BPP Paulo Guichard e Salvador Fezas Vital respondem em tribunal por burla qualificada em coautoria.

O procurador disse ainda entender que o tribunal deve concluir que houve burla qualificada e condenar todos os arguidos, atendendo ao montante dos prejuízos (41 milhões de euros) e à postura destes no julgamento.

Não se trata de “um crime de pilha galinhas”, pelo que o procurador do Ministério Público pediu penas de prisão efetiva por burla qualificada que terá não só de ser efetiva como superior a cinco anos. “A justiça é cega mas isto só não vê quem não quer”, concluiu o procurador José Góis.

O julgamento prossegue durante a tarde com a continuação das alegações finais dos assistentes, e possivelmente com o início das alegações dos advogados dos arguidos.

O caso BPP

Em causa neste processo está uma operação de aumento de capital de um veículo de investimento - a Privado Financeiras -, de 2008, na qual mais de 100 clientes terão investido sem saberem e que servia apenas para comprar ações do BCP, onde João Rendeiro quereria ter uma posição forte em Assembleia Geral, mas nessa altura o veículo financeiro já estava deficitário.

A investigação do processo-crime da 'Privado Financeiras' começou em fevereiro de 2010 e foi concluída em fevereiro de 2013, tendo o Tribunal Central de Instrução Criminal confirmado a acusação feita pelo Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa em outubro.

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