Meteorologia

  • 27 ABRIL 2024
Tempo
13º
MIN 11º MÁX 17º

Portugueses vão menos às urgências com aumento das taxas moderadoras

O aumento das taxas moderadoras conduziu a uma queda de quase 10% de casos que recorrem às urgências hospitalares. Até Julho deste ano, estes serviços receberam menos 380 mil utentes do que no período homólogo de 2012.

Portugueses vão menos às urgências com aumento das taxas moderadoras
Notícias ao Minuto

07:10 - 22/11/12 por Notícias ao Minuto

País Saúde

De acordo com os dados da última monitorização mensal levada a cabo pela Autoridade Central do Sistema de Saúde, nos primeiros sete meses deste ano, os hospitais deram resposta a 3,4 milhões de episódios de urgência, ou seja, a menos 1800 casos diários, avança a edição desta quinta-feira do jornal Público. Esta evolução, pode ler-se no documento, está em linha com o esperado, registando-se uma desejável moderação do acesso face a igual período de 2011”.

Ora a moderação a que o relatório se refere, foi pensada e introduzida em Janeiro, com o aumento das taxas moderadoras para vários serviços de saúde, nomeadamente para as urgências hospitalares, que passaram a ter um preço-base de 20 euros, quando antes custavam 9,60 euros. Por outro lado, os doentes passaram a comparticipar o pagamento dos exames e análises até uma factura máxima de 50 euros, incorrendo em multas que vão até cinco vezes o valor em falta se não o pagarem em dez dias. Não obstante existem isenções previstas, tais como para casos de insuficiência económica, de grávidas, de crianças até aos 12 anos, de algumas doenças crónicas e de incapacidades acima dos 60%, perfazendo um total de 5,6 milhões de pessoas isentas.

No entanto, segundo o Público, o provedor de Justiça, Alfredo José de Sousa, manifesta-se algo preocupado com a queda no atendimento nas urgências hospitalares e com a abrangência das isenções, tendo já feito algumas recomendações ao Governo, designadamente no que respeita à criação de isenções parciais.

Por seu turno, o presidente da Comissão de Reavaliação da Rede Nacional de Emergência e Urgência, José Artur Paiva, que recentemente propôs que o País passasse de 89 para 73 serviços de urgência, considera que a diminuição de episódios de urgência a nível nacional “é um bom indicador e positivo, significando que as taxas moderadoras estão a conseguir regular a procura”.

O aumento das taxas moderadoras para valores que representassem cerca de 2% do total do orçamento do sector fazia parte do acordo com a troika. Porém, o valor que se previa arrecadar com estas receitas vai derrapar em 176 milhões de euros por a utilização dos serviços estar a ser inferior ao previsto, mesmo nos centros de saúde.

Recomendados para si

;
Campo obrigatório