Lúcia Maria trabalhou durante 13 anos para o Banco de Portugal, a coordenar o Departamento das Reservas Externas, mas em 2004 decidiu mudar e menos de um ano depois tornou-se freira.
“Pagavam bem, tinha perspetivas boas de carreira e o trabalho era aliciante”, ressalvou, à Folha de Domingo, uma publicação da Diocese do Algarve, mas a licenciada em Economia pelo ISEG não se sentia feliz e decidiu mudar.
Foi em Faro, na ordem dos Carmelitas Descalços, que encontrou a nova vocação. E não se arrepende: “É uma experiência muito bonita de se ser enamorada por Deus. Olhando para trás, percebo que o Evangelho dos domingos mexia muito comigo. Eu ouvia e Ele falava comigo.”
“A missão principal [do Banco de Portugal] é o bem-estar da situação financeira do país. Dava-me gosto quando lá estava e agora, como religiosa, dá-me gosto ter a consciência de que trabalhava para o bem. Pelo menos tentávamos trabalhar com responsabilidade e empenho para o bem-estar comum”, lembrou, à mesma publicação.