Lisboa vai ter primeira ‘sala de chuto’ em breve
A Rua da Palma vai receber uma sala de consumo assistido. Só falta agora a assinatura do presidente da Câmara, António Costa, que deverá receber nos próximos dias o relatório técnico que recomenda o projeto, adianta a edição diária do Expresso.
© Reuters
País Toxicodependência
Técnicos e moradores apoiam a decisão e, segundo o Expresso diário desta quarta-feira, a localização já terá sido escolhida: um prédio numa artéria entre o Martim Moniz e a Avenida Almirante Reis, numa rua pouco habitada e afastada do ‘coração’ da Mouraria.
António Costa, presidente da Câmara, terá ainda que dar a sua assinatura mas o relatório técnico que acompanha o projeto dá luz verde à criação deste espaço de consumo assistido.
Ao Expresso, João Goulão, diretor do Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (SICAD) explica que a Câmara ‘alfacinha’ havia demonstrado “disponibilidade para avançar caso houvesse recomendação do técnico, o que é o caso”.
O diretor do SICAD acrescenta que a “Administração Regional de Saúde recomenda a criação de uma sala desse tipo (…), que tem dado bons resultados noutros países e que tem várias vantagens, nomeadamente ao diminuir os riscos associados ao consumo e ao aproximar os consumidores dos profissionais de saúde”.
Em 2006, a possibilidade de avançar com a criação de salas de consumo assistido – vulgo, ‘salas de chuto’ – marcou a atualidade nacional mas o projeto não chegou a ter aplicação no terreno.
Na Mouraria existe já um Centro de Redução de Danos da Mouraria, que dá apoio e aconselhamento aos toxicodependentes, mas que não permite o consumo no espaço por questões legais. Um dos objetivos das ‘salas de chuto’ é precisamente diminuir os riscos de transmissão de doenças associadas ao consumo de drogas.
Na Europa, existem salas de consumo assistido em Espanha, Grécia, Holanda, Alemanha, Dinamarca, Luxemburgo, Suíça e Noruega.
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