Mais de 120 mil alunos respondem hoje ao enunciado do teste Key for Schools. Depois da dificuldade em conseguir professores voluntários suficientes para corrigir o teste, é agora o próprio teste que está em dificuldade. Fenprof quer saber mais sobre processo e vai levar a prova a tribunal.
Ao Diário de Notícias, Anabela Sotaia, da Fenprof, refere que o sindicato desconfia da legitimidade da prova, criticando o ministério da Educação e Ciência por “implementar um processo em que privados “ganham dinheiro com os certificados e não têm de gastar recursos porque é tudo instalado por outros”.
Em causa está o acordo entre a Cambridge English Language Assessment, o ministério e empresas privadas, como a Porto Editora e a Novabase, entre outras. Além de pedidos de esclarecimento foi também já feita uma denúncia à Autoridade da Concorrência para averiguar por que razão foi a Cambridge escolhida, e não outra instituição, acrescenta o Diário de Notícias.
Ao todo serão cerca de 17500 professores que terão de vigiar este exame, já que os professores só podem mostrar oposição de forma verbal ou não se disponibilizando para a correção do teste – uma situação que se verificou em número suficiente para também já ter sido notícia o baixo número de professores voluntários para a correção.
Entre os 121 mil inscritos incluem-se 44 mil alunos de outros anos. Cada certificado custa 25 euros e assegura um nível equivalente ao 7º ano de escolaridade (nível A2, como referência) e não o do 9ºano (B1). Entre os alunos de 9ºano que pediram certificado, a Cambridge faturou perto de 2,4 milhões de euros.