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Concentração no Carmo fecha com 'Grândola' e críticas ao Governo

Os participantes na concentração da noite passada convocada para o largo do Carmo, em Lisboa, começaram a desmobilizar a partir das 00:00, homenageando o 25 de Abril, cantando 'Grândola Vila Morena' e também criticando o Governo.

Concentração no Carmo fecha com 'Grândola' e críticas ao Governo
Notícias ao Minuto

06:05 - 25/04/14 por Lusa

País 25 de Abril

A concentração no local emblemático da revolução de há 40 anos foi convocada por vários movimentos da sociedade civil e divulgada nas redes sociais, enchendo o largo, onde não faltaram cartazes a enaltecer a liberdade mas também a falar da crise e do Governo.

"Está na hora de trazer ética para a política", "Morra a troika, morra, pim", ou "Liberdade Sempre" e "Nós só queremos coelho à caçador", numa referência ao primeiro-ministro Pedro Passos Coelho, foram algumas das frases escritas mas também entoadas ao longo da noite.

Não faltaram também referências a Salgueiro Maia, que comandou as tropas de Santarém que há 40 anos estiveram no largo do Carmo, porque a ideia era "criar um evento para celebrar o 25 de Abril", explicou à Lusa Sofia Rajado, ativista de um dos movimentos presentes, o "Movimento 15 de Outubro".

Foram cerca de duas dezenas de movimentos, que se juntaram para criar a iniciativa "Todos os Rios vão dar ao Carmo", de celebração da efeméride mas também "de protesto" contra a atual política, e também houve um caixão simbólico, com velas à volta, onde estaria morta a República.

"Obviamente que as pessoas estão descontentes com a situação no país e o dia 25 de Abril é um dia simbólico", disse a jovem, acrescentando: "Pessoalmente é o que me faz vir para a rua, estarmos pagar uma dívida que não é nossa, a corrupção, a injustiça".

Ao som de várias músicas e sons foi assim a noite do Carmo, primeiro meio vazio, depois cheio, depois meio cheio, o largo tornou-se ponto de passagem, de jovens e menos jovens, de ponto de encontro de grupos que chegavam e partiam constantemente.

Tranquila e com uma presença policial muito discreta, foi depois esmorecendo a noite, com um fim de festa simbolizado na canção "Grândola Vila Morena", a senha que há 40 anos marcou o início da revolução.

Não faltaram os cravos, outro símbolo, embora na noite do Carmo não fossem assim tão visíveis. Pontuavam nas mãos dos presentes os copos de plástico com cervejas, os telemóveis e os cravos, por esta ordem.

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