Corpo da Guarda Prisional convoca greve de 21 dias
O Sindicato Independente do Corpo da Guarda Prisional convocou uma greve de 21 dias consecutivos, com início na sexta-feira, contra um conjunto de situações que garante estar a prejudicar a vida "pessoal e profissional" desta força de segurança.
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País Sindicatos
Júlio Rebelo, da direção do Sindicato Independente do Corpo da Guarda Prisional (SICGP), explicou à agência Lusa que, na origem deste protesto, que "deverá contar com a adesão de uma larga maioria de profissionais", estão várias reclamações.
Uma das reivindicações apontadas por Júlio Rebelo são "as escalas que a Direção-Geral dos Serviços Prisionais [DGSP] quer implementar nos estabelecimentos e que prejudicam gravemente a vida prisional e profissional de corpo de guardas".
O Sindicato pretende ainda que o corpo de guardas prisionais seja retirado da Lei 12 A (geral da Função Pública), por considerar que este tem "uma carreira especial, com especificidades que não se coadunam com a restante administração pública".
O protesto visa ainda a aplicação dos índices remuneratórios ao corpo de guardas prisionais, tal como já foi feito a outras forças de segurança, como a PSP e a GNR, disse.
Na base desta greve está ainda a reclamação do reforço do corpo de guardas, com a entrada de novos elementos, o qual estará "prometido há mais de um ano", disse Júlio Rebelo.
Estas situações, garante o dirigente do SICGP, têm contribuído para o agravamento do corpo de guardas prisionais, o qual "está cada vez mais envelhecido e reduzido, ao contrário do número de reclusos que tem aumentado".
Na quinta-feira tem início uma outra greve, convocada pelo Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional, que irá decorrer durante os turnos da noite e ao fim de semana, devido à "falta de resposta" do Ministério da Justiça.
A greve, que se prolonga até 06 de junho, vai realizar-se entre as 19:00 e as 08:00, durante a semana, e aos fins de semana tem a duração de 24 horas, disse à agência Lusa o presidente do sindicato, Jorge Alves.
O sindicato vai realizar também, na quarta-feira, entre as 10:30 e as 15:00, uma vigília junto ao Ministério da Justiça.
Em causa está a integração dos guardas prisionais nas novas tabelas remuneratórias, a fusão dos dois suplementos no vencimento, o pagamento de subsídio de turno, escalas de serviço e considerar a profissão de risco e de desgaste rápido, adiantou Jorge Alves.
Dados da Direção-Geral da Reinserção e Serviços Prisionais indicam que o número de reclusos nas prisões portuguesas era, a 01 de abril, de 14.425.
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