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Nuno Crato assegura manutenção da Escola Portuguesa de Macau

O ministro da Educação e Ciência português encerrou hoje o 'dossiê' Escola Portuguesa de Macau (EPM), com o anúncio formal de que a instituição manter-se-á nas atuais instalações e agradeceu os "suplementos" do Executivo de Macau.

Nuno Crato assegura manutenção da Escola Portuguesa de Macau
Notícias ao Minuto

15:30 - 14/04/14 por Lusa

País Educação

"A nossa decisão, que tem a concordância completa do Chefe do Executivo, da Fundação Escola Portuguesa de Macau e da direção da escola, é a de continuarmos neste local. Isso permitirá uma estabilidade muito maior aos professores, às famílias, aos alunos", afirmou Nuno Crato, satisfeito com o facto do "problema que se arrasta há anos" estar dado como resolvido.

A questão da mudança de instalações da EPM, para as quais já foram pensadas várias localizações, quer na península de Macau, quer na ilha da Taipa, tem vindo a ser recorrente nos últimos anos. O último local que havia sido indicado para a construção da nova escola foi o antigo hotel Estoril, junto à Praça do Tap Seac.

Agora, o ministro português anunciou a manutenção da escola no mesmo local, tendo sobretudo em atenção dois aspetos: o da estabilidade do local e dos alunos e professores e o da duração da localização escolhida, explicou o ministro, que falava no final de uma visita ao estabelecimento de ensino, cujos corredores estavam vazios devido às férias letivas.

Nuno Crato constatou, porém, que as atuais instalações, no centro da cidade, "precisam de algumas melhorias" e que "há possibilidade de fazer algumas alterações com vista à modernização da escola e a um serviço mais adequado aos seus alunos", observando que todos os intervenientes estão "interessados", pelo que agora é hora de partir para "uma nova fase".

Contudo, "há um longo caminho a percorrer" que passa por traçar um plano de atividade da escola, que não perturbe as aulas, e que permita, em conjunto com os pais, estudar as melhorias necessárias", frisou Nuno Crato, indicando não existir qualquer calendário previsto para o arranque das obras.

Um dos atores no processo de renovação da EPM vai ser o Governo de Macau, o qual tem vindo a garantir, aliás, verbas para a escola.

No último trimestre de 2013, a EPM recebeu 8,9 milhões de patacas (817,5 mil euros) em apoios financeiros por parte da Fundação Macau.

O financiamento da EPM assenta em três fontes: propinas, contribuição do Ministério da Educação português e contribuição da Fundação Macau, que "substituiu" a Fundação Oriente.

"O Executivo de Macau mostrou-se disposto a apoiar a continuidade da escola neste local e a apoiar também financeiramente não só o funcionamento da escola como melhorias que sejam aqui introduzidas. Portanto, agora há um processo de diálogo que tem de ser iniciado o mais rapidamente possível", realçou Nuno Crato, que esteve reunido com o líder do Governo de Macau, Fernando Chui Sai On.

Questionado sobre o peso que Lisboa assume na equação do financiamento, Nuno Crato afirmou que "o Estado português contribui, como é evidente, através dos salários dos professores, da colocação de professores e de fundos que são disponibilizados regularmente à escola", afirmando que "aquilo que vem do Executivo local são suplementos que são muito bem-vindos e importantes para beneficiar e dignificar a escola e ajudar a que seja agora melhorada".

"O papel de todos nós é contribuirmos para a boa educação dos nossos jovens e eu só posso ficar contente que haja mais pessoas além do Estado português empenhadas", apontou.

Relativamente ao destino da verba concedida pela Sociedade de Jogos de Macau (SJM), de Stanley Ho, à Fundação Escola Portuguesa de Macau, no equivalente a cerca de seis milhões de euros, para a mudança de instalações da EPM - que não se realizará - o ministro atestou que "há, de facto, um donativo", depositado nas contas da Fundação, pelo que "há um processo de diálogo que a fundação agora vai ter de encetar com a SJM, porque parte desse donativo estava assegurado para o funcionamento da escola".

"Vamos ver o que é que se passa em função disto. Mas a nossa decisão está tomada e com certeza que essa será uma questão que será abordada e resolvida muito em breve. Não vemos que haja qualquer problema", frisou Nuno Crato, que esteve pela primeira vez em Macau e que parte hoje para Maputo, onde irá participar da cimeira de ministros da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP).

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