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Vive com 185 euros mas reparte comida com 100 animais de que cuida

A companhia de Celeste Lobo, 43 anos, são os 24 cães, sete gatos, 16 ovelhas, três cabras e outros tantos animais. Os 185 euros que recebe de subsídio de reinserção não chegam para os medicamentos de que necessita para tratar do cancro de que padece mas, ainda assim, diz ao Jornal de Notícias, a sua principal preocupação são os animais que alimenta.

Vive com 185 euros mas reparte comida com 100 animais de que cuida
Notícias ao Minuto

09:21 - 09/02/14 por Noticias Ao Minuto

País Pampilhosa da Serra

Celeste Lobo, 43 anos, vive numa pobre ‘casa’ na localidade de Portela do Fojo, em Pampilhosa da Serra, com a companhia de cerca de 100 animais (24 cães, sete gatos, 16 ovelhas, três cabras e outros tantos bichos). Mas os 185 euros que recebe por mês de subsídio de reinserção não chegam para alimentar “os únicos em quem confia”.

Mais preocupada com os seus ‘amigos’ do que com a própria saúde, Celeste Lobo, conta o JN, pôs de lado o tratamento a um cancro de que padece e só faz uma refeição por dia dada pela Cáritas.

A luso-timorense trabalhou, em tempos, em quintas biológicas pelo mundo fora mas acabou por regressar a Portugal com a intenção de lançar um projeto nessa área na Pampilhosa da Serra. Mas o cancro acabou por traçar-lhe outro destino e na degradada ‘casa’ onde vivia, e vive, tinha à espera um companheiro que a agredia.

Depois do ponto final nessa relação, Celeste decidiu ajudar os que a tratam bem: “Recolho animais doentes e velhos, que os donos abandonam. Estes sei que me tratam bem. É por eles que me levanto todos os dias e que ainda tenho forças. Se me faltassem morria”, confessa.

O JN conta que, no final do passado, a luso-timorense conheceu Cristina Fonseca que desde então a tem ajudado, oferecendo alimentos e medicamentos e tentando dar alguns animais para adoção. “Em dois meses conseguimos 23 adoções. Mas filmamos sempre tudo e fotografamos para a Celeste confirmar que os seus animais estão bem tratados”, relata a amiga de Celeste.

Questionada sobre o que precisa, a luso-timorense menciona “uma rulote ou um prefabricado para ir viver com os animais para um terreno da família, já ficava feliz”. Na ‘casa’ que vive há, descreve o JN, vidros partidos, janelas que não fecham, chão e tetos com buracos, e não tem água quente nem banheira.

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