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Disparam desistências no Ensino Superior

Nas universidades do Porto, Minho, Coimbra e Algarve, as desistências ultrapassam os dois milhares de estudantes devido à crise e à escassez de dinheiro para assegurar o pagamento das propinas. Segundo o Diário de Notícias, muitos dos que não quiserem desistir, vêem no trabalho a única solução possível.

Disparam desistências no Ensino Superior
Notícias ao Minuto

08:01 - 07/02/14 por Notícias Ao Minuto

País Educação

Milhares de estudantes são obrigados a abandonar a universidade. Com os cortes nas bolsas, e sem dinheiro para as propinas, os estudantes das Universidades do Porto, Minho, Algarve e Coimbra começaram a cancelar as inscrições e a congelar matriculas.

“A minha mãe está desempregada, também não pode ajudar muito, por isso vou ter de arranjar emprego. Se não conseguir, vou mesmo ter de abandonar, disse ao Diário de Notícias Rúben Faria, um estudante de Psicologia da Universidade do Porto, de 21 anos.

Até meio do mês de janeiro, na Universidade de Coimbra cancelaram-se 678 inscrições, mais 7% do que no ano passado, e na do Algarve o número contabiliza 168, mais 11%, a maioria delas por motivos económicos. No Minho, 600 pessoas desistem por ano e no Porto a taxa ronda os 15%, o equivalente a 620 alunos.

Este problema preocupa cada vez mais as universidades e as associações de estudantes. Rui Vieira de Castro, vice-reitor da Universidade do Minho, afirmou ao Diário de Notícias que “é evidente que as razões de natureza económica têm vindo a ganhar expressão e são um fator de grande preocupação”.

Em todo o país, existem 5 milhões e meio de euros em atraso, correspondentes ao valor total das propinas que os estudantes não conseguem pagar e que vão deixando ou pagando em pequenas prestações. Tanto em Coimbra como no Porto, mais de 4.000 estudantes tinham propinas em atraso.

“É um número muito elevado e as universidades deviam ter a iniciativa de contatar esses estudantes e perceber o que se passa, de forma a prevenir o abandono e fazer planos de pagamento”, afirmou Rúben Alves, presidente da Federação Académica do Porto.

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