Doente oncológica envia carta aberta à Assembleia sobre coadoção
O diagnóstico de cancro que foi feito a Fabíola Cardoso, que tem dois filhos adotivos com outra mulher, levou-a a escrever uma carta de protesto, enviada à Assembleia da República, em que pede que seja aprovada a lei da coadoção, noticia o Público.
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País Protestos
Fabíola Cardoso, doente de cancro e mãe de dois filhos adotivos que está a criar com outra mulher, enviou para a Assembleia da República uma carta onde pede que seja aprovada a lei de coadoção, avança o Público.
A mulher de 41 anos sofre de um carcinoma invasivo da mama e revolta-se contra o fato do Estado não reconhecer o estatuto de mãe à companheira, com tem duas crianças, uma de nova e outra de 11.
Fabíola chegou a estar internada devido a complicações associadas à quimioterapia e temeu pelo futuro dos seus filhos.
“Que aconteceria aos meus filhos se eu tivesse morrido na mesa de operações? Conseguiria a outra mãe a tutela? Seria correto, face a essa situação, sujeitar as crianças a um processo legal deste tipo? Que enquadramento legislativo teria um juiz para decidir a favor das crianças e da manutenção da sua família real?”, escreveu a professora de Biologia na carta, disponível na página eletrónica da Ilga.
Mesmo sabendo que o tribunal poderia recorrer à figura da confiança pessoa idónea e entregar, assim, as crianças à companheira, o facto é que tinha medo que lhe calhasse um juiz preconceituoso e entregasse as crianças a uma instituição.
A luta de Fabíola prende-se com a falta de direitos concedidos às famílias como a dela, que cumprem todos os deveres assignados às ditas famílias normais, onde existe pai e mãe.
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