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Há mais procura dos santuários devido à crise

O presidente da Associação dos Reitores dos Santuários de Portugal afirmou hoje, em Fátima, que há "mais procura" destes templos devido à crise, razão pela qual os responsáveis devem apostar no acolhimento.

Há mais procura dos santuários devido à crise
Notícias ao Minuto

17:46 - 13/01/14 por Lusa

País Reitor

"De uma maneira geral, a todos os santuários acorrem milhares de pessoas anualmente. E, com esta crise económica, os santuários, como lugares privilegiados do religioso, são mais procurados", afirmou Sezinando Alberto, à margem do VIII Encontro dos Reitores dos Santuários.

Considerando que os reitores dos santuários não podem "descurar" esta procura, Sezinando Alberto defendeu a importância de "cuidar do espaço, cuidar do acolhimento para que as pessoas se sintam realmente acolhidas e, também, de certa forma, sentirem o conforto que vem do divino".

"Numa altura difícil, em que estão desencantadas pelas promessas dos homens, às vezes só lhes resta [às pessoas] voltarem-se para o conforto de Deus", declarou, adiantando: "Esta situação leva muitas pessoas a interrogarem-se sobre a sua existência".

Rejeitando "ver a religião" ou os santuários "como ópio do povo", o também reitor do Santuário de Cristo Rei, em Almada, sustentou que os espaços oferecem "aquela paz, aquelas 'canadianas' para conseguirem suportar as dificuldades da vida".

"A linguagem da Igreja foi sempre a mesma, atualizando-a em cada tempo histórico, mas a mensagem cristã, de paz e misericórdia, foi sempre igual. As pessoas de cada tempo é que se foram iludindo com esta demasiada confiança no Homem e, sobretudo, deixaram-se iludir por este mundo globalizado do ter, do consumismo", referiu.

Para o presidente da Associação dos Reitores de Santuários de Portugal, "a pessoa que tem formação religiosa e que abandonou o divino por circunstâncias diversas, se tem lá a semente dentro, nesta altura de crise, a pessoa volta, mas já não parte".

"É como voltar à casa paterna", comentou.

Sobre a vertente turística dos santuários, o reitor reconheceu que, a par da vertente devocional e espiritual, "há muita gente que vai aos santuários por uma questão cultural", porque "gosta de ver e apreciar a arte".

"Nós, através da arte, também podemos falar da mensagem cristã. Não é antagónica uma coisa com a outra", acrescentou Sezinando Alberto.

O encontro, que termina na terça-feira, aborda a temática "Como visitar uma Igreja -- Interpretar e comunicar o património religioso". É uma organização da associação dos reitores em parceria com o Secretariado Nacional para os Bens Culturais da Igreja.

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