Comerciantes entregam petição devido a antigo cinema Londres
Os comerciantes do bairro lisboeta onde funcionou o cinema Londres entregam na segunda-feira, na assembleia municipal, a petição pública que apela à existência de um pólo cultural, disseram à Lusa os autores da iniciativa.
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País Lisboa
O Movimento de Comerciantes da Avenida Guerra Junqueiro, Praça de Londres e Avenida de Roma reuniu até hoje mais de 300 assinaturas de uma petição que defende uma solução que "torne possível a manutenção de um polo cultural" no lugar onde antes funcionou um cinema.
A petição, que será também entregue em reunião pública de câmara, foi criada numa tentativa de travar a transformação do cinema Londres numa loja chinesa de retalho, depois de a exibora Socorama ter encerrado a sala em 2013, por causa de um processo de falência.
Os comerciantes defendem que "existe vontade e disponibilidade por parte de diversas entidades públicas e privadas, moradores e comerciantes da cidade para encontrar uma solução conjunta que, em paralelo com uma opção comercial, garanta a manutenção de um ponto cultural na freguesia do Areeiro".
Além daquela petição, que está a circular em vários estabelecimentos comerciais do bairro, também o movimento MaisLisboa lançou uma petição pública - que reúne mais de 2.600 assinaturas - contra a abertura da loja e propondo a criação de um modelo cooperativo para gerir o espaço.
Fonte do movimento afirmou à Lusa que contactou a autarquia para fiscalizar as obras de remodelação do cinema e a sua eventual ilegalidade.
Um ano depois de ter fechado portas, por causa de um processo de falência da Socorama, o espaço do cinema Londres será alvo de obras de remodelação para a instalação de um estabelecimento comercial com sócios chineses, num contrato por dez anos.
O representante do proprietário do antigo cinema explicou à agência Lusa que o contrato para a loja chinesa só avançou "depois de dez meses de conversações goradas" com vários organismos e pessoas ligadas à cultura, para que o Londres tivesse ainda um aproveitamento de caráter cultural.
Em causa terá estado o elevado custo das obras profundas de que o espaço precisa, onde funcionaram duas salas de projeção e zona de restauração.
Considerado uma das últimas salas em Lisboa a existir fora de centros comerciais, o cinema Londres foi inaugurado a 30 de janeiro de 1972, com o filme "Morrer de amar", de André Cayatte.
Com mais de mil metros quadrados de área, o espaço do Londres chegou a ter uma sala de "bowling" e uma discoteca.
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