Depois de um dia difícil e uma noite intensa, eis como estão os incêndios
Ao início da manhã desta sexta-feira, os incêndios de Sernancelhe e de Torre de Moncorvo estavam ainda ativos, mas foram entretanto dados como dominados.
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País Incêndios
Depois de quinta-feira se ter revelado um dia particularmente difícil no combate aos incêndios, o interior Norte e Centro de Portugal continental está hoje em risco máximo. Os incêndios de Alijó (Vila Real), Sabugal (Guarda), Fundão (Castelo Branco), Torre Moncorvo (Bragança) e Sernancelhe (Viseu), que marcaram o dia de ontem, já estão em resolução.
O incêndio que deflagrou às 12h02 de quinta-feira em Sernancelhe (Viseu), e chegou a ter quatro frentes ativas, mantinha-se ativo ao início da manhã desta sexta-feira, como indicou fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Viseu ao Notícias ao Minuto, mas foi entretanto dado como dominado.
A combater uma frente ativa, pelas 8h30 desta sexta-feira, estavam 379 operacionais, apoiados por 116 meios terrestres.
Por volta da meia-noite de hoje, o presidente da Câmara Municipal de Sernancelhe, Carlos Silva Santiago, disse à Lusa que havia "uma frente" que caminhava "de forma descontrolada para o município vizinho de Aguiar da Beira".
O fogo de Torre de Moncorvo, em Bragança, onde pelas 08h30 combatiam as chamas 136 operacionais, apoiados por 54 veículos, foi entretanto dado como dominado.
Como adiantou à Lusa, pelas 5h00 da madrugada, o comandante operacional distrital de operações de socorro (CODIS) de Bragança, João Noel Afonso, há um parte do incêndio "de difícil acesso", o que obrigará à intervenção de meios aéreos.
O alerta para o incêndio na União de Freguesias de Adeganha e Cardanha, recorde-se, foi dado às 14:41 de quinta-feira.
Já no Fundão, depois de na madrugada de sexta-feira o CDOS de Castelo Branco ter adiantado à Lusa que o combate às chamas estava a "evoluir muito favoravelmente", o incêndio foi dado como dominado pelas 7h26, indicou a mesma fonte ao Notícias ao Minuto.
No local, em trabalhos de consolidação e rescaldo, mantêm-se 436 operacionais e 139 meios terrestres.
O fogo, que lavrara desde as 13h58 de quinta-feira em povoamento florestal, recorde-se, obrigou à evacuação da praia fluvial de Janeiro de Baixo, que "na ocasião tinha cerca de 70 pessoas". Tratou-se, como explicou o comandante distrital de operações de socorro de Castelo Branco, de uma medida preventiva.
Em relação a Alijó, de acordo com informação avançada pelo CDOS de Vila Real ao Notícias ao Minuto, o incêndio foi dado como dominado pela 5h25.
No local estão concentrados 154 operacionais, apoiados por 53 veículos, em operações de consolidação e rescaldo.
O alerta para este fogo, recorde-se, foi dado pelas 12h00 de quinta-feira e teve início perto da zona industrial de Alijó.
Durante a tarde, o fogo esteve quase controlado, no entanto, segundo o comandante operacional distrital de Vila Real, Álvaro Ribeiro, numa altura em que os aviões tiveram de fazer um reabastecimento e as máquinas de rasto estavam no local, apareceu vento forte que deu mais intensidade às chamas e o trabalho que estava a ser feito "perdeu-se".
No incêndio do Sabugal, na Guarda, também em resolução, segundo a ANEPC, pelas 08h20 estavam no local 201 operacionais, apoiados por 63 veículos.
Na tarde de ontem, numa conferência de imprensa na sede da Autoridade Nacional de Emergência de Proteção Civil (ANEPC), o Comandante Nacional, André Fernandes, pediu aos portugueses que não se dirijam aos locais dos incêndios: "Apelamos para que não o façam porque vão-se por em risco e vão desviar a nossa atenção daquilo que é o combate ao incêndio para tomarmos em atenção ao que estão a fazer e protegê-las".
[Notícia atualizada às 12h26]
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