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Campanha "Salvar o Tua" arranca hoje em Lisboa

Um movimento de várias associações ambientalistas lança hoje, em Lisboa, a campanha "Salvar o Tua" com a presença anunciada de diversas personalidades em defesa do rio transmontano onde está a ser construída a barragem de Foz Tua.

Campanha "Salvar o Tua" arranca hoje em Lisboa
Notícias ao Minuto

06:45 - 12/12/13 por Lusa

País Movimento

A iniciativa decorre na Fundação Luso-Americana e parte da recém-criada Plataforma "Salvar o Tua", fundada por nove associações ambientalistas e uma sociedade comercial com produção vinícola na região do Douro, que se propõe reunir "figuras públicas, advogados e ambientalistas" em torno desta causa.

Ao longo da manhã, haverá espaço para intervenções e debates sobre a campanha pública "Salvar o Tua" que "tem por objetivo alertar a opinião pública para os custos financeiros, ambientais e sociais da barragem", de acordo com informação divulgada pela organização.

Os promotores pretendem demonstrar o que classificam como "a ausência de justificação racional para a destruição do Vale do Tua, parte da herança e identidade nacionais".

O encontro servirá também para dar "a conhecer o movimento de advogados intitulado Advogados pelo Tua, que tem assegurado a representação da Plataforma" nas ações que intentou em tribunal.

Uma das primeiras iniciativas da Plataforma "Salvar o Tua" foi a apresentação de uma providência cautelar e uma ação judicial visando a suspensão imediata dos trabalhos de construção da barragem.

A barragem de Foz Tua faz parte do Plano Nacional de Barragens e começou a ser construída há quase três anos, em Trás-os-Montes, na confluência dos concelhos de Carrazeda de Ansiães (Bragança) e Alijó (Vila Real).

O empreendimento hidroelétrico tem um custo de 370 milhões de euros e tem sido alvo da contestação de movimentos ambientalistas e ativistas da linha do Tua, que vai ficar parcialmente submersa e que se encontra desativada na maior parte do percurso à espera do plano de mobilidade imposto como contrapartida pela construção da barragem.

A obra levou já também à intervenção da UNESCO, na sequência de uma queixa do Partido Ecologista "Os Verdes", que alegava por em causa a classificação do Douro Património da Humanidade.

A Unesco concluiu que a barragem e o Douro são compatíveis, mas impôs condições que levaram a um abrandamento dos trabalhos e um atraso de um ano no calendário inicial, com a conclusão agora prevista para 2016.

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