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Academia Cidadã quer "dar poder às pessoas"

A Academia Cidadã vai apresentar-se ao longo da próxima semana, em Lisboa, através de atividades como um debate com os organizadores de manifestações e uma oficina sobre se o espaço público "é para quem quer ou para quem pode".

Academia Cidadã quer "dar poder às pessoas"
Notícias ao Minuto

14:15 - 07/11/13 por Lusa

País Debate

Em declarações à agência Lusa, João Labrincha explicou que a semana intitulada "Ocupa o espaço, torna-o Público" servirá como uma "espécie de apresentação pública" da Academia Cidadã, que tem por objetivo "empoderar [dar poder às pessoas] as pessoas".

"A Academia Cidadã pretende empoderar pessoas, dar poder às pessoas, fazendo-as perceber que o têm, e dando-lhes ferramentas para que possam intervir civicamente de forma mais concreta e mais regular", acrescentou.

Esta academia nasceu há mais de um ano, realiza atividades, algumas delas "não públicas", de formação interna dos seus membros e de oficinas como "moedas há muitas", sobre alternativas ao euro.

Formado oficialmente por 80 membros, mas com 20 mais ativos, a academia quer que a participação dos portugueses "vá além do voto" seja na rua, ou em casa, através das novas tecnologias, como a internet.

"O voto é importante, mas votar de quatro em quatro anos e depois ficar parado à espera que tudo se resolva e tudo fique bem, a nosso ver não é a atitude mais benéfica para a nossa democracia", argumentou João Labrincha, um dos impulsionadores da manifestação Geração à Rasca, de 12 de março de 2011.

Dentro da academia há polos como o documental, que serve de arquivo do "movimento social dos últimos anos" ou a incubadora de ideias, ainda em formação e onde qualquer pessoa pode receber "consultoria" jurídica ou como melhor comunicar as suas ideias.

Essas ideias apenas têm de respeitar a carta de valores da organização, que tem por base a carta dos direitos humanos, a carta dos direitos fundamentais da União Europeia e a Constituição da República Portuguesa.

A funcionar temporariamente numa sede cedida pelo Chapitô, em Lisboa, a academia espera um espaço cedido pela câmara municipal, com o preço cobrado a outras organizações não governamentais.

Para a semana "Ocupa o espaço, torna-o Público" vai ser usada a Embaixada de Terra Nenhuma, Galeria Carpe Diem.

Para terça-feira está agendada a oficina com "dinâmicas sensoriais e simulações" para questionar se o espaço público "é de toda a gente ou só para quem pode", explica João Labrincha, enumerando os exemplos dos invisuais, das diferenças sentidas entre homens e mulheres à noite e das orientações sexuais assumidas no espaço de todos.

O denominado 'Laboratório da Democracia' vai organizar, pela primeira vez, um debate entre as organizações das grandes manifestações, incluindo a CGTP, Geração à Rasca, Plataforma 15 de Outubro e Que se Lixe a Troika.

Sob um "título um pouco provocatório", assumiu João Labrincha, será debatido o "para que servem as grandes manifestações" e preparado, "de alguma forma, o futuro com alternativas, que sejam mais consistentes e fruto de uma cooperação maior".

Está previsto, através do Laboratório Vivo da Sustentabilidade debate entre eco-aldeias e eco-projetos, nomeadamente a nível da produção alimentar e de energia.

O grupo de ação cultural promoverá uma performance diária, pelas 15:30 intitulada Fantasma e será ainda exibido o documentário "Índios da meia-praia", ao qual se segue um debate sobre o direito à habitação desde o PREC (Período Revolucionário em Curso) até hoje).

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