Muitos dos elementos químicos que ingerimos vão parar à água, que depois sai nas torneiras das nossas casas.
Por esse motivo, a EPAL, empresa de abastecimento de água em Lisboa, fez análises para perceber quais os níveis de concentração dos 31 fármacos mais vendidos, percebendo que na água que os lisboetas consomem se encontram antibióticos, anti-inflamatórios e cafeina.
Porém, a empresa veio esclarecer que não há motivos de preocupação, já que se tratam de quantidades residuais que não representam perigo para a saúde pública.
“Estamos a falar de nanogramas por litro. São quantidades muito pequenas, todas abaixo dos níveis encontrados, por exemplo, em França ou nos Estados Unidos, com excepção para a cafeína que está em valores semelhantes”, contou ao Sol a responsável pelo laboratório da EPAL, Maria João Benoliel.
Dos restantes fármacos analisados, foram encontradas mais seis, mas a baixa quantidade tornou impossível a sua quantificação.
Com estas análises, a EPAL pretende estudas as alterações de contracepção e a forma como os resíduos existentes na água influenciam o desenvolvimento de doenças, como por exemplo a diminuição da qualidade do esperma.
Não se sabe, porém, se foram encontradas substâncias ilegais nas águas.