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Estudo procura respostas para alterações climáticas

O concurso público internacional sobre o estudo das vulnerabilidades e respostas para as alterações climáticas no arquipélago da Madeira vai ser lançado até ao final do ano, disse hoje à agência Lusa o diretor regional do Ambiente.

Estudo procura respostas para alterações climáticas
Notícias ao Minuto

17:47 - 03/10/13 por Lusa

País Madeira

“Neste momento estamos a ultimar as cláusulas técnicas e o enquadramento orçamental no sentido de poder lançar o concurso”, explicou João Correia, adiantando que a iniciativa se segue ao projeto “CLIMAAT II – Clima e Meteorologia dos Arquipélagos Atlânticos”, que visou estudar os impactos e as medidas de adaptação às alterações climáticas na região.

Segundo João Correia, este trabalho prévio, de 2006, identifica “alguns problemas e algumas estratégias em relação à Maceira, mas é preciso mais”.

O estudo a elaborar, com valor base de 268 mil euros e prazo de execução de um ano, contempla a criação de um observatório de clima e cenários climáticos, no qual vão ser chamadas a colaborar diferentes entidades que “podem ter uma palavra a dizer nas alterações climáticas”, como autarquias, Universidade da Madeira, meteorologia, Proteção Civil ou Laboratório Regional de Engenharia Civil, exemplificou o responsável.

O documento prevê também a elaboração de um mapa de vulnerabilidades, impactos e adaptação, de forma a analisar os impactos setoriais das alterações climáticas, dos recursos hídricos à saúde humana, no turismo à energia, da biodiversidade à agricultura e florestas.

No caso da saúde, João Correia apontou a avaliação dos riscos e dos impactos das várias doenças transmitidas por vetores, como por exemplo o dengue, cujos primeiros dois casos confirmados de febre na ilha foram tornados públicos há um ano pelo Instituto de Administração da Saúde e Assuntos Sociais da Madeira.

“A terceira vertente do estudo, talvez a mais importante, é a elaboração de uma estratégia regional de adaptação face às alterações climáticas”, referiu o diretor regional do Ambiente.

Para João Correia, as alterações climáticas poderão ter, nalguns setores, aspetos positivos: “Se chover menos, houver mais sol e a temperatura for mais quente, poderá ter reflexos positivos no turismo”.

“Em relação às questões das alterações climáticas, não só pela obrigatoriedade e importância que é dada em termos comunitários, temos que, forçosamente, refletir e prevenir. Quanto mais cedo tivermos esse documento orientador, melhor as populações, as entidades competentes, os decisores políticos poderão tomar decisões e ir ao encontro dessas reflexões”, adiantou o responsável.

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