Renamo ataca autocarro e camião no centro de Moçambique e faz um ferido
Ex-guerrilheiros da Renamo atacaram hoje de manhã um autocarro de passageiros e um camião de carga na região de Machanga, Sofala, centro de Moçambique, e fizeram um ferido, confirmou à agência Lusa fonte governamental.
© Lusa
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Arnaldo Machowe, administrador do distrito de Chibabava, disse que elementos da oposição Resistência Nacional de Moçambique (Renamo) "metralharam" um autocarro da empresa transportadora Etrago, que não terá obedecido a ordens para parar, e um camião de carga, que ficou imobilizado.
Esta é a segunda vez que um autocarro da empresa Etrago é atacado pela Renamo, depois de um outro incidente em abril, de que resultaram 10 feridos.
"A emboscada ocorreu no rio Ripembe (Machanga). O autocarro não parou, como o motorista não foi atingido continuou em marcha, mas o camião de carga ficou imobilizado e uma senhora ficou ferida, enquanto o motorista e outros fugiram", contou à Lusa Arnaldo Machowe.
A vítima já foi levada para o hospital rural de Muxúnguè, onde está a receber assistência médica.
Em declarações por telefone feitas à Lusa, a vítima disse terem sido surpreendidos com tiros, dirigidos à cabine da viatura, quando regressavam de Maluvan, situação que, segundo referiu, descontrolou o motorista.
"Apareceram de repente na rua e os tiros vinham de todo lado. Fui atingida de raspão na cabeça e os outros não sei onde estão nem em que situação estão", explicou Mónica Orlando, a única vitima até ao momento.
A Renamo anunciou na quarta-feira que ia impedir, a partir do dia seguinte, a circulação rodoviária na estrada N1, no troço Muxúnguè-Save, e na Linha Férrea de Sena, como resposta a uma alegada ofensiva prestes a ser lançada pelo exército governamental na Serra de Gorongosa, antiga base militar daquele movimento.
A Serra da Gorongosa foi o local onde o presidente do partido, Afonso Dhlakama, se aquartelou em protesto contra a "ditadura implantada" pelo Governo.
Segundo alegou o partido, o Governo está a "concentrar militares e meios bélicos" na província de Sofala para atacar a Serra da Gorongosa.
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