Merkel exige mais coordenação internacional para próxima epidemia global
A chanceler alemã Angela Merkel desafiou hoje os países do G20, em particular os mais industrializados, a aprenderem com os falhanços no combate às epidemias do vírus do ébola e do zika e melhorar a colaboração para enfrentar o próximo surto contagioso.
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Mundo Chanceler
Merkel intervinha na reunião de ministros da Saúde dos países do G20, que se celebra hoje e sábado em Berlim sob presidência alemã e que reúne neste fórum as economias mais avançadas e as potências emergentes.
A reação face à crise do ébola na África ocidental em 2014 foi "tardia, lenta e descoordenada", considerou a chanceler, numa alusão à reação internacional então evidenciada, e assinalando que "seria cínico não extrair as lições" correspondentes com o objetivo de enfrentar em melhores condições a próxima crise sanitária global.
Num mundo cada vez mais globalizado é "urgente" uma melhor coordenação contra estas "ameaças globais" porque as doenças contagiosas "não de detêm nas fronteiras nacionais".
Merkel advertiu que seria uma "falha grave" não fazer o suficiente para enfrentar com melhores condições o próximo surto.
A dirigente alemã considerou que a Organização Mundial de Saúde (OMS) se afirmou como o coordenador internacional dos esforços nesta área, mas carece de mais apoio material, humano e financeiro, em particular por parte das economias mais avançadas.
Os países industrializados, sublinhou ainda, têm uma "responsabilidade especial" neste aspeto.
A Alemanha anunciou hoje que, para além dos 13 milhões de euros que forneceu ao Fundo contingente para emergência (CFE) da OMS, que a converte no maior doador global deste instrumento, prevê ainda canalizar mais 35 milhões de euros para a organização mundial.
Merke também pediu à Argentina, que em 2018 vai exercer a presidência do G20, que não retire da agenda o tema da saúde global.
Sete ONG manifestaram-se frente ao centro de congressos onde decorreu esta reunião do G20 e exigiram mais recursos para a investigação destinada a combater doenças como a malária ou a tuberculose.
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