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Oposição concentra-se para novo protesto contra Nicolás Maduro

Milhares de pessoas concentram-se hoje em vários pontos da cidade de Caracas, para um novo protesto contra o Governo do Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, que responsabilizou a oposição pela violência no país.

Oposição concentra-se para novo protesto contra Nicolás Maduro
Notícias ao Minuto

18:23 - 20/04/17 por Lusa

Mundo Venezuela

No leste de Caracas, grupos de estudantes universitários, começaram a reunir-se desde as primeiras horas do dia na Praça de França, em Altamira, entre eles Rafaela Requesens da Federação de Centros Universitários que condenou a repressão das forças de segurança contra quem está contra o regime.

"Mentem ao povo, quem tem armas é o Governo. Reprimem-nos como [se fossemos] animais e depois mentem ao povo. Continuaremos nas ruas, mesmo que haja diálogo, que convoquem eleições, até que retorne a democracia", disse aos jornalistas.

Por outro lado, em Montalban, a oeste da capital, centenas de pessoas concentraram-se em apoio ao deputado Richard Blanco, que quarta-feira foi acusado de "terrorista" pelo próprio Chefe de Estado.

Entre queixas da população pelo silêncio das televisões venezuelanas, um grupo de pessoas obrigou os jornalistas da estação privada Venevisión a retirar-se de Montalban, enquanto em Altamira houve reclamações contra o canal privado de notícias Globovisión.

A oposição prevê levar a cabo mais uma jornada de protestos e convocou os venezuelanos para repetirem, nas ruas, a marcha realizada quarta-feira, popularmente chamada de a "mamã das marchas", em todos os Estados da Venezuela.

A convocatória foi feita pelo ex-candidato presidencial Henrique Capriles Radonski e tem como propósito exigir a libertação de presos políticos, o "fim da ditadura", que se realizem eleições livres na Venezuela, que seja aberto um canal humanitário para a entrada de alimentos e medicamentos no país.

Por outro lado o vice-presidente do parlamento, Freddy Guevara, instou os venezuelanos a protestarem até "debilitar" o regime.

"Hoje, mais que nunca, devemos voltar às ruas e reafirmar que a resistência é pacífica. É a única maneira de conseguir dividir mais o regime", escreveu na sua conta no Twitter.

Os manifestantes protestam ainda pelo que dizem ser uma rutura constitucional e contra duas recentes sentenças em que o Supremo Tribunal de Justiça concede poderes especiais ao Chefe de Estado, limita a imunidade parlamentar e assume as funções do parlamento.

O Metropolitano de Caracas encerrou 20 das suas estações para alegadamente proteger os usuários de atos de vandalismo, situação que dificultou o acesso das pessoas ao trabalho, com a oposição a apelar aos empresários para dispensarem os empregados que queiram sair a protestar.

Mais de 400 pessoas foram detidas esta quarta-feira pelas autoridades e três pessoas morreram, nas manifestações de oposição ao regime.

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