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Europol abre inquérito após divulgação de documentos secretos

O Serviço Europeu de Polícia (Europol) reconheceu hoje que alguns dos seus documentos classificados de secretos, relativos a atividades terroristas, foram divulgados por "erro humano" e anunciou o lançamento de um inquérito.

Europol abre inquérito após divulgação de documentos secretos
Notícias ao Minuto

16:43 - 30/11/16 por Lusa

Mundo Polícia

Reagindo a uma reportagem divulgada no programa Zembla, da televisão pública holandesa, um porta-voz da Europol, Gerald Hesztera, assegurou à agência noticiosa France Presse que "não há razão para crer que investigações foram postas em risco" devido à divulgação dos dados, que "datam de há cerca de 10 anos".

Segundo os jornalistas que descobriram os documentos num disco rígido ligado sem proteção à Internet, trata-se de 700 páginas acerca de pelo menos 54 investigações na Europa, nomeadamente sobre os atentados de Madrid em março de 2004, que causaram 191 mortos.

Nos documentos existe informação sobre vários ataques frustrados a aviões com explosivos líquidos e são nomeadas centenas de pessoas suspeitas de estarem ligadas a atividades terroristas e os seus números de telefone, de acordo com o programa.

Para não por em perigo as investigações atuais, a cadeia televisiva comprometeu-se a não revelar todo o conteúdo dos documentos e a não mencionar os nomes dos suspeitos, segundo a agência noticiosa espanhola EFE.

A Europol disse que a fuga se deveu a "um erro humano": uma polícia terá copiado os dados para um disco rígido pessoal, embora tal seja proibido.

"Foi aberto um inquérito em coordenação com as autoridades nacionais envolvidas", referiu Hesztera, adiantando que as informações disponíveis atualmente "sugerem que a fuga não foi mal-intencionada".

A pessoa em questão, que trabalha para a polícia holandesa, já deixou a organização, indicou um responsável da Europol que não quis ser identificado.

Algumas das informações foram classificadas de confidenciais, mas a maioria eram públicas ou estavam disponíveis no 'site' do serviço, disse ainda o porta-voz.

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