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Uma centena de antigos estudantes em Cuba marcham em Cabo Verde por Fidel

Cerca de uma centena de antigos alunos cabo-verdianos em Cuba participaram hoje, na cidade da Praia, numa marcha de homenagem ao histórico líder da Revolução Cubana, Fidel Castro, falecido sexta-feira aos 90 anos.

Uma centena de antigos estudantes em Cuba marcham em Cabo Verde por Fidel
Notícias ao Minuto

21:53 - 29/11/16 por Lusa

Mundo Processos

Vestidos de branco, com as cores da bandeira cubana ou "t-shirts" com frases alusivas à revolução Cubana e a Fidel Castro, os antigos estudantes marcharam ao final da tarde de hoje por uma das principais avenidas da cidade da Praia em direção à embaixada de Cuba na capital cabo-verdiana.

Misturando castelhano e crioulo, 'Yo soy Fidel', 'Hasta la Victoria, siempre', 'Fidel ka morre' e 'Hasta siempre comandante', eram algumas da frases que se podiam ler nos cartazes e bandeiras cubanas, onde pontuavam também imagens de Fidel Castro e Che Guevara.

À chegada à embaixada de Cuba, onde foram recebidos pelo embaixador Alejandro Diaz Palacios, os manifestantes depositaram uma coroa de flores e improvisaram uma "tocatina" com músicas tradicionais de Cuba e a leitura de frases de Fidel Castro e de poemas alusivos à Revolução cubana.

Luís Monteiro, 55 anos, formado em engenharia civil, viveu e estudou em Cuba entre 1987 e 1991.

Em declarações à agência Lusa, explicou que não poderia faltar à marcha de homenagem a Fidel Castro, por quem, disse, tem uma "dívida de gratidão".

"Os antigos estudantes de Cabo Verde têm uma dívida com o povo cubano. Por isso tinha que estar nesta homenagem. Foi um povo que nos acolheu e nos deu formação", afirmou.

Sobre as reações à morte do líder histórico e antigo Presidente cubano, Luís Monteiro mostrou-se impressionado com as celebrações da morte de Fidel Castro pela comunidade cubana de Miami.

"Cada pessoa tem o seu sentimento e aquilo mexeu comigo", declarou.

Sem aspetos negativos a apontar sobre Fidel Castro, Luís Monteiro classificou como "maravilhoso" o período que passou em Cuba.

No mesmo sentido, Susana Paula Furtado, 42 anos, formada em Direito, sustentou que, no momento da morte, homenagear Fidel Castro, é "o mínimo" que os antigos estudantes cabo-verdianos em Cuba podem fazer.

"Só temos a agradecer e este gesto é o mínimo que podemos fazer para agradecer por tudo que aquela pátria nos deu", disse Susana Furtado, que fez o liceu e a faculdade de Direito em Cuba, onde viveu 13 anos.

Assumida "fidelista", esta funcionária da Assembleia Nacional cabo-verdiana sublinha o papel de "educador" de Fidel Castro.

"Fidel foi, para nós, um educador e somos muitos e muitos profissionais que nos formamos lá e, neste momento, só temos a agradecer. É essa a nossa homenagem a Fidel, de muito carinho e de muita amizade e, com certeza, de muita gratidão", vincou.

Os antigos estudantes cabo-verdianos em Cuba assinaram depois o livro de condolências aberto na embaixada cubana na Praia, onde se cruzaram com o Presidente da República de Cabo Verde.

À saída, depois de ele próprio ter assinado, Jorge Carlos Fonseca sublinhou a "relevância simbólica" da iniciativa dos antigos estudantes.

A cerimónia fúnebre de homenagem a Fidel Castro está prevista para hoje às 19:00 (meia-noite em Lisboa) na Praça da Revolução, em pleno centro da capital cubana.

Cabo Verde estará representado pelo seu embaixador em Havana, depois de o ministro da Cultura, Abraão Vicente, designado para representar o país não ter conseguido voo que lhe permitisse chegar a tempo da cerimónia.

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