Europol adverte UE sobre actuação de cartéis mexicanos
A Polícia Europeia (Europol) advertiu, esta sexta-feira, que grupos criminosos mexicanos estão a tentar estabelecer-se como principais intervenientes no mercado europeu da droga, estando ainda envolvidos em casos de tráfico de armas e de pessoas no continente.
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Mundo Segurança
A Europol explicou, num comunicado, que distribuiu entre os seus parceiros na União Europeia e outras zonas, informação sobre o impacto do crime organizado mexicano na Europa.
De acordo com dados recolhidos pela Europol, os grupos mexicanos de narcotráfico já são os “coordenadores” à escala global do tráfico de cocaína para a Europa e Estados Unidos, além da produção e distribuição de drogas sintéticas nesses dois mercados e na Ásia.
“Durante a última década, os grupos do crime organizado mexicano têm desempenhado um papel chave no panorama do crime organizado internacional”, sublinhou a Europol.
A polícia europeia destacou a participação de grupos como “Los Zetas” – que qualificam de “sindicato criminoso, poderoso e violento” – no tráfico de seres humanos para a exploração sexual do nordeste da Europa para o México.
“Grupos criminosos mexicanos também estão a traficar armas do sudeste da Europa para trocá-las com criminosos envolvidos com o comércio de cocaína no centro da América do Sul”, segundo o comunicado.
A polícia europeia assegurou que “recentemente” conseguiu deter um plano do cartel de Sinaloa para se estabelecer na Europa e desenvolver o seu negócio de distribuição de cocaína.
“Apesar disso, espera-se que os grupos criminosos do México continuem a ampliar o seu papel na cadeia de abastecimento na Europa para aumentarem os seus lucros”, disse a Europol.
Estas organizações, de acordo com o comunicado, têm uma cultura “extremamente violenta”, ainda que, por agora, somente lhes atribuíram “um número de incidentes isolados”, entre estes, uma tentativa de assassínio.
“Não queremos o nível de violência e brutalidade que vemos no México reflectir-se na Europa”, assinalou a nota, citando o director da Europol, Rob Wainwright.
O responsável explicou que a Europol “continuará os seus esforços para fazer frente aos criminosos activos no mercado ilegal de drogas, dizendo que estes grupos do crime organizado não podem ocupar posições na Europa”.
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