O receio de que Chipre não consiga reunir os 5,8 mil milhões de euros exigidos pela 'troika' para emprestar 10 mil milhões de euros ao país traduziu-se hoje de manhã numa especulação crescente que levou muitos cipriotas a acorrerem aos bancos.
O governo emitiu rapidamente uma nota negando os rumores e classificando-os como "injustificados" e "sem fundamento".
"Essa questão nunca foi posta na mesa nem discutida, por isso afirmamos categoricamente que essa questão não existe, nem mesmo ao nível das intenções", assegurou o Ministério das Finanças.
"O memorando foi acordado com a troika e não inclui nenhuma medida adicional que conduza à necessidade de implementar qualquer nova taxa sobre os depósitos", acrescentou, referindo-se ao trio de credores internacionais formado pela União Europeia, Banco Central Europeu (BCE) e Fundo Monetário Internacional (FMI).
O Ministério das Finanças assegurou também que as medidas acordadas com o Eurogrupo a 25 de Março para a restruturação do sector bancário da ilha estão a ser aplicadas e que o sistema está a avançar no sentido "da estabilização e da consolidação".
O Banco Central cipriota também negou a existência de quaisquer planos para introduzir uma taxa "geral" sobre os depósitos bancários, assim como a autoridade de supervisão bancária.
Os bancos de Chipre têm estado a funcionar mas com apertados limites à movimentação de capitais desde que reabriram as portas, na semana passada, depois de terem estado quase duas semanas encerrados devido ao risco de uma corrida aos depósitos.