Mais de 60 mil sírios estão na fronteira com a Jordânia
Cerca de 64 mil sírios estão atualmente na fronteira com a Jordânia, após o aumento da violência na zona de Alepo, a segunda maior cidade da Síria, informou hoje a guarda fronteiriça jordana.
© Lusa
Mundo Hadalat e Rokbane
A Jordânia, que já acolheu mais de 630 mil refugiados sírios, introduziu no início deste ano controlos de segurança adicionais nos postos fronteiriços de Hadalat e Rokbane, o que levou à concentração de várias dezenas de milhares de pessoas ao longo da fronteira sírio-jordana.
"O número de refugiados atingiu os 59 mil em Rokbane e está a aumentar", disse o chefe da guarda fronteiriça jordana, o general Saber Al-Mahayra, em declarações à comunicação social.
Outro oficial referiu à agência noticiosa francesa AFP que mais 5.000 pessoas estão bloqueadas em Hadalat, cerca de 70 quilómetros mais para o oeste.
O general Saber Al-Mahayra afirmou que perto de 5.500 sírios chegaram a Rokbane nas últimas 24 horas, um afluxo que o responsável atribuiu ao aumento dos combates em redor da cidade de Alepo, onde mais de 280 civis morreram nas últimas semanas.
A Jordânia insiste na aplicação das medidas adicionais de controlo, alegando que precisa de garantir que estas pessoas têm um estatuto genuíno de refugiados e que não são 'jihadistas' que procuram infiltrar-se no país.
Neste momento, o reino só autoriza a entrada de algumas dezenas de refugiados por dia, após um processo de triagem.
De acordo com Saber Al-Mahayra, as autoridades jordanas suspeitam que entre os milhares de sírios acampados perto da fronteira possam existir cerca de 2.000 suspeitos de ligações com o grupo extremista Estado Islâmico (EI).
Armas já foram apreendidas a alguns supostos refugiados, segundo acrescentou o general.
Após o início do conflito na Síria, em março de 2011, a Jordânia decidiu inicialmente manter abertos os 45 postos fronteiriços assinalados ao longo dos 378 quilómetros da fronteira sírio-jordana.
Mas, depois do êxodo em massa de sírios para o reino -- as autoridades de Amã afirmam que o verdadeiro número de sírios na Jordânia é quase de 1,4 milhões --, o país decidiu ter só cinco postos abertos, dos quais três estão reservados para os feridos.
O conflito na Síria começou com os protestos contra o regime do Presidente Bashar al-Assad, mas degenerou rapidamente para uma guerra civil que já matou mais de 270 mil pessoas e forçou milhões de pessoas a fugirem das respetivas casas.
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