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Partido de Lula critica juiz que quebrou sigilo, mas juízes apoiam

A bancada parlamentar do Partido dos Trabalhadores (PT), de Lula da Silva, divulgou hoje um comunicado em que afirma que a gravação de telefonemas realizadas pela Polícia Federal, com autorização do juiz Sérgio Moro, "possui duas flagrantes ilegalidades".

Partido de Lula critica juiz que quebrou sigilo, mas juízes apoiam
Notícias ao Minuto

14:25 - 17/03/16 por Lusa

Mundo Brasil

No texto, assinado pelo líder da bancada do PT na Câmara de Deputados, Afonso Florence, lê-se que "a defesa do 'impeachment', sem crime de responsabilidade, rompe a democracia tão arduamente conquistada. É uma palavra de ordem em busca de uma justificativa".

Os parlamentares do PT também afirmam que estão mobilizados para a "defesa da legalidade" e que "repudia com veemência todos os atos que contribuam para o acirramento dos ânimos políticos, mais ainda quando são ilegais".

Já a Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) manifestou o seu apoio ao juiz federal Sérgio Moro, titular da 13ª Vara Federal de Curitiba, na condução dos processos relacionados à Operação Lava Jato.

"As decisões tomadas pelo magistrado federal no curso deste processo foram fundamentadas e embasadas por indícios e provas técnicas de autoria e materialidade, em consonância com a legislação penal e a Constituição Federal, sempre respeitando o Estado de Direito", sustenta a Ajufe.

A associação de juízes também manifestou que "confiança no trabalho desenvolvido com responsabilidade pela Justiça Federal no Paraná".

Na noite de quarta-feira, o juiz federal Sérgio Moro retirou o sigilo do processo de interceção telefónica do antigo chefe de Estado Lula da Silva e divulgou gravações de uma conversa dele com a Presidente do Brasil Dilma Rousseff.

Segundo a interpretação de Moro, o conteúdo do telefonema de Dilma para Lula indicaria que a nomeação dele como ministro da Casa Civil foi arquitetada para tentar impedir uma eventual prisão do ex-Presidente brasileiro, que está a ser investigado na operação que apura os casos de corrupção da Petrobras.

A revelação dos áudios também gerou polémica porque a conversa entre a atual e o ex-Presidente foi realizada depois do próprio juiz Moro ter pedido às 11:13 locais em brasília (14:30 em Lisboa) a interrupção imediata das escutas.

O áudio em que a Presidente Dilma Rousseff fala com o seu antecessor Lula da Silva, indicando o envio de um documento de posse no ministério que poderia ser assinado "em caso de necessidade", ocorreu às 13:32, quando a Polícia Federal já deveria ter interrompido a gravação dos telefonemas de Lula.

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