Oposição quer acelerar processo para 'destituir' Nicolas Maduro
A oposição na Venezuela quer acelerar os procedimentos para destituir o presidente, depois de Nicolas Maduro ter recorrido ao Supremo Tribunal para decretar o estado de emergência económica, chumbado pelo Parlamento.
© Reuters
Mundo Venezuela
"Nos próximos dias vamos ter de apresentar uma proposta concreta para a saída da desgraça nacional que é o governo", disse o presidente do Parlamento, Henry Ramos, numa conferência de imprensa.
Ramos criticou a decisão do Supremo Tribunal, anunciada na quinta-feira, que aprovou a atribuição de poderes especiais a Maduro para combater a grave crise económica.
O decreto, desde então em vigor, tinha sido chumbado a 22 de janeiro pelo Parlamento, onde a oposição é maioritária.
Entre os poderes especiais temporários atribuídos ao Presidente figura a apreensão de recursos de empresas privadas e a imposição de controlos cambiais, entre outras medidas.
A oposição, que sustenta que as políticas económicas de Maduro estão a destruir o país, já tinha prometido encontrar uma maneira de destituir Maduro nos próximos seis meses, admitindo uma revisão constitucional que reduza o mandato presidencial de seis para quatro anos ou a convocação de um referendo.
"Se antes alguns achavam demasiado curto o período de seis meses que nos demos para encontrar uma solução democrática, constitucional, pacífica e eleitoral, hoje ninguém duvida de que pode ser demasiado longo", disse.
Henry Ramos considerou que Maduro está "a fazer todos os possíveis para provocar um golpe de Estado", mas insistiu que a oposição vai encontrar uma "via constitucional" para destituir o presidente.
A Venezuela, que tem as exportações de petróleo como principal fonte de receitas, tem sido duramente afetada pela queda dos preços do petróleo.
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