Igreja pede à Venezuela que aprove nova lei para os presos políticos
A Igreja Católica venezuelana pediu hoje ao parlamento da Venezuela, de maioria opositora, que acelere a aprovação de uma lei de amnistia para os presos políticos, sublinhando que essa iniciativa é importante para a reconciliação nacional.
© Reuters
Mundo Amnistia Internacional
"Advogamos pela Lei de Amnistia. Acreditamos que há muitas pessoas que estão presas por questões políticas e acreditamos que isso é negativo", disse o arcebispo de Caracas ao jornalistas.
Jorge Urosa Savino explicou que o documento a aprovar deve ser bem debatido e estudado para evitar que proporcione falhas em matéria de impunidade depois de promulgado.
"Essa Lei de Amnistia deve ser muito cuidadosa, não se deve favorecer a impunidade contra o crime", frisou.
Por outro lado, o cardeal venezuelano condenou e expressou preocupação por vários roubos de armamento ocorridos nas últimas semanas, nas sedes de organismos policiais da Venezuela, insistindo que o Estado tem a "obrigação" de "proteger" os cidadãos, de atuar contra os criminosos e "não ceder-lhes terreno".
O projeto de lei de amnistia para membros da oposição na Venezuela presos por delitos relacionados com atos de violência e tentativa de desestabilizar o governo deu entrada no parlamento a 05 de fevereiro último.
A lei pretende beneficiar em particular um grupo detido durante os protestos contra o Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, no início de fevereiro de 2014, liderado por Leopoldo López, condenado a quase 14 anos de prisão pela violência ocorrida num desses dias.
Entre os detidos encontra-se um politólogo luso-venezuelano, Vasco da Costa, que é acusado de estar relacionado com uma farmacêutica que alegadamente estaria envolvida em planos para desenvolver engenhos explosivos caseiros, durante os violentos protestos contra o Governo do Presidente Nicolás Maduro.
Filho de um antigo vice-cônsul de Portugal e com 56 anos de idade, Vasco da Costa foi detido a 24 de julho de 2014. É acusado de vários delitos relacionados com terrorismo e é tido como preso político por várias organizações não governamentais venezuelanas.
É ainda acusado dos delitos de terrorismo, associação para cometer delito com fins de terrorismo, fabrico ilegal de explosivos para fins terroristas e de ocultação de munições.
A família do luso-descendente insiste que as acusações são uma injustiça.
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