Bispos "não têm necessariamente" de reportar abusos a crianças
'Regra' está estipulada no novo documento da Igreja Católica.
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Mundo Igreja Católica
Foi um tema que, sempre que foi abordado, gerou indignação. E a confirmar-se, esta nova ‘regra’ irá gerar ainda mais protestos no seio da comunidade católica.
Segundo o Guardian, foi divulgado pelo Vaticano um documento onde está estipulado que os novos bispos da Igreja Católica “não têm necessariamente” de reportar abusos de crianças às autoridades, ficando as denúncias a cargo apenas das vítimas e dos respetivos familiares.
“De acordo com a lei civil de cada país onde é obrigatório reportar [abusos de menores], o dever de um bispo não passa necessariamente por reportar suspeitas às autoridades, polícia ou procuradores no momento em que tomam conhecimento de crimes ou ações reprováveis”, pode ler-se no documento, revelado pela mesma publicação britânica.
Apesar de reconhecer que a “a Igreja tem sido afetada por crimes sexuais com crianças”, o documento sustenta a opção tomada com o facto de a grande maioria dos abusos sexuais cometidos, na maioria, por familiares, amigos ou vizinhos das vítimas.
No entanto, o mesmo documento acrescenta que a responsabilidade dos bispos na matéria será apenas a de reportar as ocorrências a nível interno.
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